Logo da Petrobras na sede da empresa no Rio de Janeiro

IMAGEM: SERGIO MORAES/REUTERS

 

Em ofício ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Petrobras levantou questionamentos sobre uma resposta da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em que foi apresentada uma lista dos processos movidos contra a empresa, em conflitos de acesso à infraestrutura para movimentação de combustíveis, como o uso de oleodutos.

O documento foi apresentado em um dos inquéritos que correm no Cade, abertos em janeiro após a notícia de aumento dos preços dos combustíveis, para investigar o suposto abuso de posição dominante da companhia no mercado. Este especificamente trata de possíveis efeitos na concorrência para importação, após auditoria sobre o mercado de refino.

A segunda apuração cita a notícia do reajuste como um dos elementos para abertura do inquérito. O parecer final sobre as investigações, que deve sair no segundo semestre, é visto por integrantes do governo Jair Bolsonaro como uma brecha para mudar a política de preços da Petrobras, de acordo com a apuração das analistas da CNN Renata Agostini e Thais Arbex.

Dentro do escopo sobre o mercado de refino, a Petrobras apontou ao Cade que a ANP não se limitou ao escopo temporal solicitado, a partir de janeiro de 2019. A agência incluiu dois processos anteriores à data.

O primeiro, de 2017, mostra uma empresa que solicita “atuação e se necessário fosse intervenção” da ANP para ter acesso a dutos, após supostamente ter o acesso negado pela Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Já o segundo, de 2018, aponta que a Transpetro não teria atendido a contento a utilização de oleodutos, “causando desequilíbrios entre os agentes interessados e um potencial prejuízo ao suprimento do mercado”.

“A ANP não apresentou qualquer informação que justificasse o recorte temporal mais amplo que adotou”, diz a Petrobras no ofício encaminhado ao Cade.

“A ANP tampouco se limitou a reportar processos que tratam de pedidos de acesso à infraestrutura – apresentou também demandas que tratam de pedidos de interconexão e tarifas de movimentação”, acrescentou.

A Petrobras ainda afirmou que “chama a atenção” que a ANP se ateve à motivação dos processos, mas teria deixado de incluir informações importantes para análise do Cade.

“Se a ANP entendeu relevante extrapolar os pedidos da SG/Cade em relação ao marco temporal e ao objeto das reclamações formuladas, teria sido coerente incluir em sua resposta elementos sobre o desfecho dos processos mencionados – ainda que essas informações, importantes para a completude das respostas apresentadas, não tenham sido solicitadas pela SG/Cade”, diz o documento.

A estatal declarou que, diante desse contexto, decidiu apresentar dados que “entende serem fundamentais” sobre os cinco processos citados pela agência.

Em relação aos dois de 2017 e 2018, no primeiro, a empresa declarou que fez melhorias no sistema de livre acesso, enquanto no segundo, afirmou que a própria ANP disse não ter como intervir e que não entendeu como uma ação discriminatória.

A Petrobras ainda elencou que os pedidos de acesso à infraestrutura para movimentação de combustíveis levados à ANP “correspondem à parcela pouco representativa das demandas feitas à Transpetro – mais de 90% dos pedidos são atendidos. As demandas levadas à ANP tratam de situações extraordinárias, amparadas por justificativas comerciais ou circunstanciais legítimas”.

A companhia brasileira também destaca que não houve qualquer decisão da ANP contrária a ela e questionou que a agência, durante uma consulta pública sobre o acesso não discriminatório a terminais aquaviários para movimentação de petróleo e derivados, não acatou a sugestão dos agentes do setor de uma Análise de Impacto Regulatório (AIR).

“A AIR teria sido uma oportunidade de alterar a regulamentação de acesso de terceiros a infraestrutura e obter resultado mais proveitoso – com maior alcance – que eventual intervenção da Autoridade Concorrencial”, argumentou.

A CNN procurou a ANP sobre os levantamentos feitos pela Petrobras e aguarda um retorno.

Expectativa para o fim dos inquéritos

Apesar do Cade afirmar que não tem como competência a fiscalização de preços e serviços, mas o funcionamento dos mercados e a prevenção de práticas que possam prejudicar o ambiente competitivo, o parecer do órgão sobre a Petrobras é visto como uma estratégia para uma futura mudança na política de preços – hoje, a paridade é com o mercado internacional.

Segundo as analistas da CNN Renata Agostini e Thais Arbex, fontes ouvidas em caráter reservado afirmaram que essa é uma aposta do Ministério da Economia para aumentar a pressão sobre a gestão da Petrobras e achar uma saída para reduzir os preços dos combustíveis ainda antes das eleições.

Os rumores sobre a estratégia do governo levaram a Petrobras a emitir uma nota de posicionamento. A empresa divulgou que “não mantém conversas com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica sobre mudanças em sua política de preços”.

“A companhia informa também que não tem conhecimento de achados de infrações à ordem econômica nos processos administrativos em curso no Cade. A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, acompanhando as variações para cima e para baixo, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato da volatilidade para os preços internos”.

Em resposta ao Cade após a abertura dos dois procedimentos, a Petrobras chegou a questionar os motivos da apuração e argumentar o “descabimento da atuação do Cade como regulador de preços” em ambos, em ofícios registrados em 24 de janeiro.

“A ser essa a motivação e objetivo da presente investigação, trata-se, a toda evidência, de procedimento absolutamente insólita, à luz das atribuições legais de um órgão de defesa da concorrência. Não faria qualquer sentido, com efeito, o Cade propor-se a regular preços no mercado de refino de derivados de petróleo”, diz a empresa em uma das manifestações.

“A autoridade antitruste brasileira já teve a oportunidade de se debruçar sobre diversas denúncias envolvendo supostas condutas de abuso de preços praticados por agentes detentores de posição dominante. Em todos os casos analisados, as conclusões invariavelmente terminaram – muito acertadamente – por rejeitar investigações…”, declarou.

FONTE: CNN

IMAGEM: PCdoB

 

Ex-presidente afirmou que o estado deve exercer a função de árbitro em negociações entre empresas e trabalhadores

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto, voltou a criticar a reforma trabalhista nesta quinta-feira (12).

“A mentalidade de quem fez a reforma trabalhista e a reforma sindical é a mentalidade escravocrata, a mentalidade de quem acha que o sindicato não tem que ter força, que o sindicato não tem representatividade”, afirmou Lula em encontro com sindicalistas em São Paulo.

“[Em] um mundo desenvolvido, em que você tem economias fortes, você tem sindicato forte”, acrescentou o pré-candidato.

A reforma trabalhista foi aprovada durante o governo Michel Temer (MDB)

Lula havia mencionado, pouco antes, uma passagem de seu governo para defender a posição dos trabalhadores.

“Vou dar um exemplo pra vocês. Na crise de 2008 e 2009, eu fiz R$ 47 bilhões em desoneração. Toda a desoneração que eu fiz era compartilhada com o movimento sindical. Tinha que ter a contrapartida. Nós vamos fazer um benefício para o empresário, e o que o trabalhador ganhou nesse benefício? Vocês participarem das mesas de negociação. Porque, senão, você distancia os interesses na mesa de negociação. E você vai tornando o trabalhador cada vez mais frágil.”

Lula também afirmou que o estado deve exercer a função de árbitro em negociações entre empresas e trabalhadores.

“Temos que ter consciência de que a relação capital e trabalho não pode continuar que nem hoje. O Brasil não será um país civilizado se a gente não tiver a compreensão que as duas partes precisam ser tratadas em igualdade de condições. O estado não tem que tomar parte de um lado ou do outro. O estado tem que funcionar como árbitro para que as partes possam negociar aquilo que interessa ao conjunto, sabe, tanto dos trabalhadores quanto dos empresários. E algum acordo vale muito.”

Depois da afirmação de Lula nesta quinta-feira (12), a CNN procurou o ex-presidente Michel Temer e aguarda a posição dele sobre a declaração do petista.

FONTE: CNN

Wilson Sons inicia construção de rebocadores em Guarujá

IMAGEM: WILSON SONS

 

A Wilson Sons registrou lucro líquido acima de R$ 143 milhões no primeiro trimestre, superando em 437% o mesmo período de 2021. Os resultados financeiros da companhia foram divulgados na sexta-feira (13), após o fechamento do mercado brasileiro (B3).

O crescimento de 437% no lucro líquido foi beneficiado pela variação cambial deste trimestre, uma vez que o real valorizou 15%. Mas mesmo excluindo os efeitos cambiais, a companhia apresentou um lucro líquido de R$ 80 milhões, um crescimento de 71% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

As receitas líquidas em reais também apresentaram crescimento. O aumento foi de mais de 4% no trimestre, na comparação com o mesmo período de 2021. O desempenho financeiro foi superior ao desempenho operacional, com o aumento das receitas de armazenagem nos terminais e aumento nas exportações e importações para a divisão de logística internacional, a Allink, o aumento na receita média por manobra portuária em rebocadores e os novos contratos nas bases de apoio offshore.

Com o aumento do nível de preços nos principais negócios, as receitas líquidas chegaram a R$ 529 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também subiu para R$ 239 milhões, um crescimento de 4% com os resultados de rebocadores. Estes foram fortes com aumento da receita média por manobra, apesar da queda no volume operacional, ocasionada, principalmente, pela redução de carga conteinerizada. A receita líquida de rebocadores aumentou para R$ 253,7 milhões no primeiro trimestre.

“Estamos satisfeitos por apresentar resultados financeiros resilientes, neste primeiro trimestre do ano, mesmo diante do cenário desafiador que se apresenta para 2022, com o agravamento da crise da cadeia de suprimentos e pressões inflacionárias”, destaca Fernando Salek, CEO da Wilson Sons.

Em relação a um dos temas mais relevantes para a empresa, a Wilson Sons encerra o primeiro trimestre de 2022 com bons índices. A taxa de frequência de acidentes com afastamento fechou o período acumulado de 12 meses em 0,23 incidentes por um milhão de horas trabalhadas, patamar abaixo do último trimestre.

Na agenda ESG, a companhia registrou um importante avanço, com a divulgação do primeiro relatório de sustentabilidade da Wilson Sons.

As receitas de rebocagem subiram 2,9%, para R$ 253,7 milhões, com o aumento da receita média por manobra, que foi maior 9,7% em relação ao período comparativo. As manobras portuárias, principalmente em contêineres, apresentaram ligeira queda, que foi parcialmente compensada por maiores volumes de commodities.

O segmento de embarcações de apoio offshore continua apresentando recuperação. O aumento das receitas líquidas foi de mais de 26%, com um aumento dos dias de operação em 12% e um aumento da diária média em relação ao período comparativo.

Outro segmento que merece destaque no trimestre é a Allink. A divisão de logística internacional da Wilson Sons apresentou um aumento de quase 73% acima do primeiro trimestre de 2021 na receita líquida, chegando a R$ 41,3 milhões. O segmento foi beneficiado pela alta demanda e melhores receitas tanto com os armadores quanto com os terminais.

FONTE: PORTOSeNAVIOS

 (crédito: Gomez)

IMAGEM: GOMEZ/CORREIO BRAZILIENSE

 

INSISTÊNCIA EM ATALHOS EXPLICA INFLAÇÃO E DESEMPREGO SEM PERSPECTIVA DE MELHORA

A situação econômica do Brasil hoje é um verdadeiro pesadelo para as famílias. Voltamos a viver a estagflação. Apesar dessa palavra soar esquisita, serve para designar quando um país não só enfrenta altas taxas de desemprego e estagnação econômica, mas também inflação alta. Soa familiar?

Vários fatores nos trouxeram a essa situação. A economia brasileira ainda não tinha se recuperado de recessões anteriores quando sofreu o baque da pandemia do coronavírus. Além disso, como demonstra relatório da Economist Intelligence Unit sobre a América Latina, os países mais vulneráveis à crise gerada pela Guerra na Ucrânia são justamente aqueles com níveis elevados de dívida pública e inflação alta. Isto é, embora a Covid-19 e a invasão à Ucrânia tenham afetado economias no mundo todo, o Brasil estava mais vulnerável economicamente e sofreu mais com esses eventos em função de fatores internos. Para piorar, a resposta dos atores políticos a ambas situações têm sido descoordenadas.

No último ano, o Banco Central tem consistentemente elevado a taxa de juros para conter a inflação, mas ainda assim os preços continuam subindo em ritmo acelerado. Parte desse fenômeno acontece por pressões externas, como a alta do preço do petróleo e inflação acelerada em outros países, mas parte é causado pelo descaso do Governo e do Congresso com os gastos públicos.

Na prática, quando o Estado gasta mais do que arrecada via impostos, precisa pedir emprestado, contraindo uma dívida. Assim como em qualquer outro mercado, quanto maior a demanda, maior o preço – no caso de dívidas, o preço se expressa em forma de juros. Por consequência, quando o Estado amplia sua dívida, os juros sobem não só para o governo, mas para todos os brasileiros.

Quando chega a um certo patamar, a dívida prejudica a eficácia da política monetária, obrigando o Banco Central a elevar a taxa de juros muito além do que seria necessário para conter a inflação caso as contas públicas estivessem equilibradas. Por sua vez, juros cada vez mais altos encarecem o custo do crédito e prejudicam a capacidade das empresas de realizarem investimentos necessários para gerar novos empregos.

Ao promover uma desmoralização do teto de gastos, mudando a forma de calculá-lo, e apelar para um calote em dívidas judiciais, o governo Bolsonaro evidenciou sua falta de compromisso com o ajuste das contas públicas. Parte desses recursos, inclusive, foi direcionado para o aumento das emendas parlamentares ao Orçamento, em dimensão muito superior ao observado em países da OCDE, como apontou o economista Marcos Mendes em levantamento para o Instituto Millenium.

Para lidar com o déficit público e com a escalada dos preços, o governo tem proposto atalhos que não irão resolver o problema e podem causar outros efeitos negativos. Paulo Guedes voltou a defender uma reforma para o Imposto de Renda (IR) com tributação dos super-ricos e redução dos tributos das empresas sem mostrar cálculos confiáveis sobre como essa medida iria ajudar a política fiscal sem aumento líquido de impostos. Ainda, durante os últimos meses, Bolsonaro defendeu diversas vezes que deveria haver subsídios ou controle de preços dos combustíveis, o que também teria efeitos nefastos tanto para as contas públicas quanto para o abastecimento de combustíveis no país.

Um fato precisa ser encarado pelo governo e pelo Congresso: não há atalho para o crescimento econômico e a estabilidade de preços. Há anos, diversos economistas e especialistas alertam para os perigos de ter um déficit público crescente e falta de prioridades nos gastos públicos. Agora estamos colhendo as consequências de anos de escolhas ruins: milhões estão sem emprego, a inflação assombra a ida ao supermercado e não há perspectiva de melhoria sem mudança substancial no horizonte político. Resta saber quando nossas lideranças irão aprender a lição.

DEBORAH BIZARRIA Economista formada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é especialista em Economia Comportamental pela Warwick University, no Reino Unido, e coordenadora de Políticas Públicas do movimento Livres.

FONTE: CONGRESSO EM FOCO

(Imagem: Nelson Jr./SCO/STF)

IMAGEM: Nelson Jr./SCO/STF

 

Ministros também devem analisar se é constitucional a regra do CTB que classifica como infração de trânsito a recusa do condutor de veículo a se submeter ao teste do "bafômetro".

Nesta semana, na quarta e quinta-feira, o plenário do STF deve se debruçar sobre importantes temas trabalhistas, tributários e de interesse público. Entre as ações em pauta está o ARE 1.121.633, que discute a validade de norma coletiva de trabalho que suprimiu direitos relativos às chamadas horas in itinere, tempo gasto pelo trabalhador em seu deslocamento entre casa e trabalho.

Veja a pauta:

ADPF 381

A ADPF tem por objeto decisões do TST e de TRTs que declararam inválidos dispositivos de convenções coletivas pactuadas entre transportadoras e motoristas e condenaram os empregadores ao pagamento de horas extras e de horas trabalhadas em dias de descanso antes da vigência da lei 12.619/12, que disciplinou os direitos e deveres dos motoristas profissionais.

O relator Gilmar Mendes concedeu medida cautelar para suspender todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a aplicação do artigo 62, inciso I, da CLT aos motoristas profissionais externos do setor de transporte de cargas.

ARE 1.121.633

O recurso discute a validade de norma coletiva de trabalho que suprimiu direitos relativos às chamadas horas in itinere, tempo gasto pelo trabalhador em seu deslocamento entre casa e trabalho. A empresa sustenta que, ao negar validade à cláusula do acordo coletivo de trabalho, o TST ultrapassou o princípio constitucional da prevalência da negociação coletiva (artigo 7º, inciso XXVI. da CF).

RE 1.224.374

O STF irá decidir se é constitucional a regra do CTB - Código de Trânsito Brasileiro que classifica como infração de trânsito a recusa do condutor de veículo a se submeter ao teste do "bafômetro" com o objetivo de certificar a influência de álcool.

ADIn 4.017

Entidades contestam dispositivos da MP 415/08, que proibiu a comercialização de bebidas alcoólicas em rodovias federais. Segundo a CNC, a mudança das regras, sem nenhuma justificativa ponderável para a paralisação completa de uma atividade econômica, representa intervenção indevida na ordem econômica. Sobre o mesmo tema, será julgada, em conjunto, a ADIn 4.103.

ADIn 3.396

Ação contra o artigo 4º, da lei Federal 9.527/97, que afastou a aplicação das disposições da lei 8.906/94 (Estatuto da OAB) aos advogados da Administração Pública direta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios. A norma torna o Estatuto da OAB inaplicável também aos advogados de autarquias, fundações instituídas pelo Poder Público, empresas públicas e sociedades de economia mista.

O colegiado vai decidir se os advogados vinculados à administração pública devem sujeitar-se ao regime jurídico das empresas privadas.

ADIn 1.100

Ação contra dispositivo da Constituição do Estado do Rio de Janeiro que autorizou militares do Estado a acumular, na administração pública, dois empregos privativos de profissionais de saúde.

ADIn 6.333

Embargos de declaração na decisão que julgou improcedente a ação que questiona dispositivo da lei de Pernambuco 16.559/19 (Código Estadual de Defesa do Consumidor) que obriga as instituições de ensino privado a estenderem o benefício de novas promoções aos alunos preexistentes.

ADIn 6.191

Ação contra dispositivos da lei estadual de SP 15.854/15, que obrigam instituições de ensino privadas a estenderem benefícios de novas promoções aos alunos preexistentes e institui multa para o fornecedor do serviço que não cumprir referida obrigação, respectivamente. No mesmo sentido será julgada a ADIn 5.399.

ADIn 4.785

A ação questiona a lei estadual 19.976/11, de Minas Gerais, que institui a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (TFRM) e o Cadastro Estadual de Controle, Monitoramento e Fiscalização das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de Recursos Minerários (Cerm). Sobre o mesmo tema será julgada a ADIn 4.786 contra lei semelhante do Estado do Pará, de relatoria do ministro Nunes Marques, e a ADIn 4.787, contra lei do Amapá, de relatoria do ministro Luiz Fux.

https://www.migalhas.com.br/quentes/366015/stf-deve-julgar-se-acordo-prevalece-sobre-lei-trabalhista

FONTE: MIGALHAS

 

IMAGEM: FOLHA DO LITORAL NEWS

Porto de Santos (SP) registrou 29,8 milhões de toneladas, crescimento de 9,07%. Ao todo, setor movimentou 276,6 milhões de toneladas

O setor portuário movimentou 276,6 milhões de toneladas no primeiro trimestre. Destaque para os portos públicos, que movimentaram 96,5 milhões de toneladas, crescimento de 2,14% em comparação com o mesmo período do ano passado. 

Entre os destaques, estão o Porto de Santos (SP), que movimentou 29,8 milhões de toneladas de janeiro a março de 2022 (crescimento de 9,07%); o Porto de Paranaguá (PR), com 12,6 milhões de toneladas (+ 8,30%); e o Porto do Itaqui (MA), que movimentou 6,2 milhões de toneladas (+ 4,86%).

Outro destaque entre os portos públicos foi o de Vila do Conde (PA), que movimentou 4,5 milhões de toneladas, aumento de 12,32% em comparação com os três primeiros meses do ano passado. O Terminal Aquaviário de Madre de Deus (BA) se destacou em relação às instalações privadas. O terminal baiano movimentou 4,8 milhões de toneladas (+ 15,96%).

Em relação às mercadorias, os destaques ficaram por conta da movimentação de soja, que cresceu 6,30% no primeiro trimestre em comparação com igual período de 2021 (31,6 milhões de toneladas); petróleo e derivados, sem óleo bruto, com alta de 3,94% (20,5 milhões de toneladas); e fertilizantes, aumento de 28,35%, com 9,5 milhões de toneladas.

Levando-se em conta o perfil de carga, os números mostram que houve um crescimento robusto na movimentação de carga geral solta no primeiro trimestre do ano. Foram movimentados 17,5 milhões de toneladas, aumento de 22,89%.

FONTE: ANTAQ

Fachada do Superior Tribunal de Justiça, em Brasília

IMAGEM: SÉRGIO LIMA/PODER360

Regra vale para quem perder ação; recurso repetitivo deverá ser aplicado em todos os processos do tipo

Os segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que receberam valores antecipados de benefícios por meio de tutela terão de devolver o montante ao instituto caso percam o processo, segundo decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Em julgamento na última quarta-feira (11), os ministros definiram tese para o tema repetitivo 692. A decisão tomada valerá para todos os processos do tipo que envolvam discussões sobre benefícios previdenciários, por incapacidade e assistenciais, dos regimes geral e próprio de estados, municípios e Distrito Federal.

Segundo o advogado Fernando Gonçalves Dias, que fez a defesa dos segurados no julgamento, há apenas uma exceção que permitirá ao segurado não devolver o dinheiro, caso o trabalhador receba a antecipação em ação sobre a qual já haja jurisprudência firmada. Se essa jurisprudência cair e a nova decisão for contrária ao que o beneficiário já havia conquistado, não será necessária devolução. 

Pela regra, o INSS poderá cobrar até 30% por mês dos segurados que perdem o processo, incluindo casos que discutiam benefícios assistenciais como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos carentes e pessoas com deficiência que comprovem estar em situação de vulnerabilidade. Nestes casos, o segurado recebe apenas um salário mínimo, hoje em R$ 1.212.

Dias afirma que irá recorrer. "A decisão vai fazer com que centenas de milhares de pessoas venham a receber menos de um salário mínimo no país. Porque a maioria tem empréstimo consignado e o limite é de 35% hoje. Uma pessoa com um salário mínimo que tenha um consignado já recebe menos, em torno de R$ 800. A Previdência vai poder consignar mais 30%, mas sobre os R$ 1.212. Essa pessoa vai receber em torno de R$ 460 por mês, por muitos anos", diz. 

O tema 692 foi julgado no STJ em 2014, segundo o advogado, mas uma decisão tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em um outro tema, de número 709, entendia que valores recebidos de boa-fé pelo segurado não precisavam ser devolvidos.

Com a definição do Supremo, juízes de todo o país passaram a seguir a corte, fazendo com que o segurado não precisasse devolver o dinheiro ao INSS caso perdessem a ação. Como haviam recursos, o caso chegou novamente ao STJ.

Para a advogada Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), a vai contra posicionamento do Supremo, prejudicando os segurados. Segundo ela, havia uma tese firmada anteriormente pelo STJ, mas a questão estava em fase de revisão, com a intenção de saber se os benefícios assistenciais ou por incapacidade ficariam de fora.

"A tese fixada agora manteve a decisão anterior, reafirmando a necessidade de devolução, mesmo em benefícios assistenciais. Ainda limitou o valor a 30% do benefício", diz Adriane.

SEGURADO DEVE TER CUIDADO AO ENTRAR NA JUSTIÇA

Entre os cuidados que o segurado do INSS deve ter ao entrar na Justiça contra o instituto está o de saber exatamente em que casos a tutela antecipada deve ser solicitada, afirma o advogado Roberto de Carvalho Santos, presidente do Ieprev (Instituto de Estudos Previdenciários).

"A tutela deve ser pedida em casos em que já haja jurisprudência dominante em um recurso repetitivo, em um tema já julgado no STJ, STF ou na TNU, ou seja, em casos nos quais já há um precedente, que já estejam definidos nas instâncias superiores", explica.

Ele diz ainda que cada vez mais há uma limitação quanto ao segurado entrar no Juizado Especial Federal, onde pode ingressar com ação sem advogado. "O risco de a pessoa perder a ação e ainda por cima ter de devolver o dinheiro fica muito maior agora. O advogado que é muito bem atualizado vai saber a hora e se vai pedir a tutela ou não", diz.

SUPREMO FOI CONTRA DEVOLUÇÃO DE VALORES NA APOSENTADORIA ESPECIAL

Em 2021, no julgamento dos embargos do tema 709, o STF decidiu que o aposentado especial que voltou à atividade em área nociva não precisa devolver os valores já pagos pelo INSS. O entendimento, na ocasião, também se aplicou a quem recebe aposentadoria por meio de tutela antecipada.

O julgamento tratava de embargos de declaração sobre decisão que proíbe o pagamento de aposentadoria para quem tem benefício especial e volta à área insalubre ou nela permanece.

"Os indivíduos que vinham auferindo o benefício previdenciário em razão de pedidos deferidos pelo Poder Judiciário —ou mesmo voluntariamente pela administração— encontram-se isentos de qualquer obrigação de devolução dos valores recebidos até a proclamação do resultado deste julgamento", disse o ministro Dias Tóffoli, relator do caso na época.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 

Porto de Santos é bomba-relógio para arredores em São Paulo. Foto: Ministério da Infraestrutura

IMAGEM: MINFRA

Medida foi pedida por investidores nos EUA, diz ministro Marcelo Sampaio

Em reuniões em Nova York, Marcelo Sampaio, ministro da Infraestrutura, ouviu pedidos de investidores para ampliar o prazo de concessão do Porto de Santos de 35 para 50 anos.

"Dois fundos nos falaram que o ideal seria ter um prazo maior. Vamos voltar para a prancheta e ver se faz sentido para o país", disse Sampaio, à Folha.

"A gente tem uma referência de 30, 35 anos, que seria um bom período, porque você pode pedir renovação por igual período, e chegar a 70 [anos]. Com 50, eu vou até cem", prosseguiu.

O ministro explicou que os investidores temem que o prazo de 30 anos não seja suficiente para absorver o atendimento às contrapartidas da concessão. 

Em março, no primeiro leilão de privatização de gestão de portos no Brasil, a Codesa, que opera os portos de Vitória e Barra do Riacho, foi concedida por um prazo de 35 anos. O sucesso do edital, que teve 41 concorrentes, animou o governo a seguir com a privatização de Santos.

Sampaio também disse ter ouvido muitas questões sobre as ações para melhorar o acesso ao porto. Em resposta, ele disse que o governo deu informações sobre o processo de renovação das ferrovias sob controle da MRS e que planeja estimular o agrupamento de cargas de mesmo tipo de material, para facilitar a logística. 

O valor da concessão do Porto de Santos é estimado em R$ 18 bilhões. Além de melhorias nas docas, o edital, que ainda está sendo elaborado, deve prever melhorias no entorno, como nas ferrovias e outras vias de acesso.

Sampaio disse que a inflação também impactou bastante os custos da construção civil, e que o governo está revendo os editais em preparação para atualizar os valores. Além disso, disse que um mecanismo criado para compensar variações cambiais bruscas nos contratos seguirá sendo usado nos próximos projetos.

O ministro reafirmou que o governo planeja realizar a concessão do porto até o fim de novembro ou começo de dezembro.

"De alguma forma, a gente tem um semestre desafiante por questões políticas, vai ter as eleições, mas eu acredito que a gente consegue manter [os prazos] por serem ativos com um olhar de longo prazo", projeta. "Estou no ministério há 15 anos, e as concessões têm sido feitas há anos, por vários governos diferentes."

O governo espera realizar ao menos R$ 200 bilhões em concessões em 2022. Para este ano, também estão previstos o leilão de 15 aeroportos. A chamada sétima rodada prevê três blocos. Um deles inclui o aeroporto de Belém, o segundo traz o de Congonhas (SP) e o último junta terminais voltados à aviação executiva, como o Campo de Marte (SP) e Jacarepaguá (RJ).

Haverá também seis lotes de rodovias para leilão no Paraná. E os portos de Itajaí (SC) e São Sebastião também devem ser concedidos neste ano, espera o ministro.

Santos é o maior porto de cargas da América Latina. A estrutura, criada há 130 anos, movimentou 147 milhões de toneladas de mercadorias em 2021. Sua privatização poderá ser usada na campanha de Tarcísio Gomes, ex-ministro da Infraestrutura que disputa o governo do estado de São Paulo, e deixou o cargo em março.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

O presidente Jair Bolsonaro

IMAGEM: ISAC NÓBREGA/PR /R7

Minutas de MP preveem reduzir depósito mensal de 8% para 2% e multa paga na demissão cairia de 40% para 20%

O governo Jair Bolsonaro (PL) estuda uma ampla flexibilização nas regras do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), sob a justificativa de reduzir o custo dos empregadores na contratação.

Em três minutas de MPs (medidas provisórias), às quais a Folha teve acesso, o Ministério da Economia propõe cortar a alíquota de contribuição que as empresas recolhem sobre o salário dos trabalhadores, de 8% para 2%, e reduzir a multa paga em caso de demissão sem justa causa, de 40% para 20%.

"A proposta de redução das alíquotas das contribuições dos serviços sociais autônomos não apenas reduzirá o custo da contratação de trabalhadores, como também contribuirá com a geração de novos empregos", diz o texto, que se repete nos três documentos.

As medidas foram redigidas pela Subsecretaria de Política Fiscal da SPE (Secretaria de Política Econômica), vinculada ao Ministério da Economia. 

Um integrante da equipe econômica confirmou à reportagem que a proposta está em estudo, mas ressaltou que ainda não há qualquer decisão final sobre o tema. Essa fonte explicou que a tentativa de aliviar os encargos trabalhistas é um assunto que preocupa a pasta.

Por isso, os técnicos têm trabalhado em opções de medidas, algumas restritas a grupos de trabalhadores ou outras mais amplas, como o corte geral das alíquotas.

Procurado oficialmente, o Ministério da Economia não respondeu.

O FGTS é vinculado ao Ministério do Trabalho e Previdência. Fontes da pasta relataram não terem sido consultadas sobre a proposta e admitem ceticismo com a possibilidade de avanço.

Hoje, as empresas precisam recolher 8% do salário em uma conta individual do FGTS em nome do empregado. Esse recurso fica no fundo e pode ser resgatado em algumas situações, como compra da casa própria ou demissão sem justa causa. Mais recentemente, o governo autorizou a opção de saques anuais, por meio da modalidade saque-aniversário, mediante adesão do trabalhador.

Se o trabalhador é dispensado sem justa causa, ele pode resgatar todo o saldo disponível no fundo (caso não tenha optado pelo saque-aniversário). A empresa ainda precisa pagar uma multa de 40% sobre o valor recebido ao longo do contrato, diretamente para o bolso do trabalhador.

Ao elaborar as medidas, o governo alega que a redução da carga tributária "favorece o crescimento e o desenvolvimento econômico do país, pois auxilia na retomada da atividade econômica, bem como na geração de emprego e renda".

Para o Ministério da Economia, "o FGTS onera o empregador por incidir sobre a folha de pagamento das empresas".

"A proposta de redução de 8% (oito por cento) para 2% (dois por cento) da alíquota mensal relativa à contribuição devida para o FGTS poderá contribuir, não apenas para a redução no custo da contratação de trabalhadores, como também para a melhoria do cenário econômico, o que possibilitará o aumento de novos empregos e novas contratações", diz trecho da exposição de motivos de uma das medidas.

Já na proposta referente à redução da multa do FGTS para 20%, o governo afirma que a medida reduziria o custo da contratação de trabalhadores, além de contribuir para o aumento de novas admissões.

"Essa redução pode aumentar a produtividade e a competitividade das empresas, uma vez que os empregadores terão recursos adicionais que poderão ser investidos tanto na capacitação de trabalhadores quanto na geração de novos postos de trabalho", diz a minuta.

Em uma terceira proposta, o governo estuda cortar as alíquotas referentes às contribuições para o Sistema S. Elas seriam reduzidas a 0,30% para o Sebrae, a 0,50% para os serviços de aprendizagem Senac, Senai e Senat, a 0,75% para os serviços sociais Sesi, Sesc e Sest e a 1,25% para Sescoop e Senar.

ministro Paulo Guedes é um ferrenho defensor do corte de encargos trabalhistas, os quais ele costuma chamar de "armas de destruição em massa".

Na campanha presidencial de 2018, um dos pilares do plano econômico do governo era o lançamento da Carteira Verde e Amarela, uma modalidade de contratação mais flexível do que a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). O modelo, que segundo o governo seria opcional ao trabalhador, incluiria alíquotas menores de recolhimento do FGTS.

O governo nunca chegou a propor a criação da Carteira Verde Amarela, apenas versões mais enxutas, focadas em grupos como jovens e pessoas com mais de 55 anos. Mesmo assim, a flexibilização sempre enfrentou fortes resistências no Congresso Nacional, e as medidas apresentadas acabaram perdendo validade.

Além das críticas de opositores do governo, que apontaram nessas ocasiões o risco de prejuízo aos trabalhadores, alterações no FGTS costumam enfrentar forte objeção do setor de construção civil.

A atividade usa os recursos do Fundo de Garantia como fonte de financiamento mais barata para a construção de novas moradias. Os trabalhadores também podem contratar empréstimos com dinheiro do FGTS para adquirir a casa própria pagando uma taxa de juros mais baixa.

O fundo também financia ações nas áreas de saneamento e infraestrutura urbana. Mais recentemente, o governo anunciou medidas para direcionar uma parcela de R$ 3 bilhões a um fundo garantidor de microcrédito para pequenos empreendedores e para liberar os saques para trabalhadores com filhos até cinco anos que precisam pagar creche.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 
 
 

IMAGEM: TRANSPORTE MODERNO/DIVULGAÇÃO

 

A Log-In Logística Intermodal obteve recorde em receita operacional líquida (ROL) e em EBITDA no primeiro trimestre, maior lucro para três primeiros meses de ano desde o início da operação.

A empresa destaca ainda a aquisição da Tecmar Transportes, zero ocorrências de acidentes ou roubos de cargas, bem como o aumento da produtividade com o início das operações de novos guindastes no Terminal Portuário de Vila Velha (TVV).

Com relação à receita operacional líquida, a Log-In registrou recorde histórico, pelo quarto trimestre consecutivo, atingindo R$ 388,4 milhões, resultando em um aumento de 30,9% se comparado ao mesmo período de 2021. A alta do ROL foi determinada, principalmente, pelo aumento da receita da navegação. Como destaques, melhor mix de cargas, aumento nas receitas do trade Mercosul e movimentações de feeder, entrada de novos clientes, captação de produtos com maior rentabilidade e crescimento do volume de carga geral do TVV. Em especial produtos siderúrgicos, granéis e granito, compensando a redução de movimentação de contêineres decorrente da retração de mercado.

A companhia apresentou o maior lucro para o primeiro trimestre desde o início da operação, com R$ 60,3 milhões.

Quanto ao EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a companhia também apresentou recorde para o período, com R$ 114,1 milhões, ou seja, um crescimento de 62% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Neste caso, o crescimento também está alinhado ao crescimento das receitas de cabotagem, Mercosul e feeder, somado ao aumento de volume movimentado no TVV, diversificação das cargas e expansão de clientes.

A ampliação da produtividade do terminal foi possível com o início da operação dos dois novos guindastes Mobile Harbour Crane. Outra circunstância positiva foi o aumento de receita com o fretamento do hire internacional da embarcação "Log-In Discovery".

De acordo com o diretor-presidente da Log-In, Marcio Arany, os resultados conquistados neste trimestre são frutos de uma agenda inovadora, com uma estratégia focada no desenvolvimento integral da empresa. “Estamos investindo em inciativas que contemplem e promovam o amplo desenvolvimento de todas as áreas da Log-In. Os resultados colhidos neste trimestre demonstram a assertividade desta estratégia, que engloba, também, práticas de mercado com iniciativas ambientais, sociais e de governança”, explica o executivo.

Os indicadores do primeiro trimestre das operações relacionadas ao serviço de navegação costeira confirmam a resiliência dos negócios da Log-In. A companhia manteve um crescimento de volume superior ao do setor neste período. A receita da navegação, com R$ 299,6 milhões, foi recorde para o primeiro trimestre desde o início das operações. O EBITDA foi de R$ 104,8 milhões, representando um aumento de 99,1% em comparação ao registrado em igual período do ano anterior.

De janeiro a março, a empresa movimentou 98,9 mil TEUs na navegação costeira, crescimento de 8,1% se comparado ao mesmo período de 2021. Os segmentos de alimentos e bebidas, químicos e petroquímicos e eletroeletrônicos foram destaques dos trades cabotagem e Mercosul no trimestre.

No Mercosul, a empresa registrou um aumento de 88% em relação ao período comparativo, impulsionado pela maior movimentação dos clientes regulares e entrada de novos clientes, bem como de novas cargas. Já a cabotagem contou com crescimento alavancado principalmente pela maior conversão de cargas do modal rodoviário e aumento na movimentação sentido Southbound. O feeder foi um dos destaques do trimestre, sendo a ROL 42% superior ao primeiro trimestre de 2021, com movimentações em linha com o período comparativo e efeito cambial negativo com a valorização do real.

Com destaque para o aumento de 150% no volume movimentado de carga geral, o desempenho do Terminal de Vila Velha no primeiro trimestre foi alavancado, principalmente, por novos clientes e novos negócios, reforçando o perfil do TVV como um terminal multipropósito. De janeiro a março, o terminal movimentou 286,8 mil toneladas de carga geral, além de 40 mil contêineres.

Quanto ao EBITDA, o TVV foi responsável por R$ 32 milhões, crescimento de 12,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2021. Com relação à receita, o TVV apresentou um aumento de 29% em relação ao mesmo período, com R$ 77,1 milhões em ROL, beneficiado, principalmente, pelos maiores volumes movimentados em carga geral, com fertilizantes e malte entre os granéis de destaques e placas de aço e bobinas entre os siderúrgicos.

Outros fatores que contribuíram para o resultado foram o aumento na movimentação de veículos pela operação do TEV (terminal de veículos administrado pela Log-In no TVV), o crescimento da receita em armazenagem e outras ações do TVV como prestador de serviços logísticos acessórios, bem como a ampliação da produtividade a partir do início da operação dos novos guindastes.

Segundo Arany, a estratégia assertiva de diversificação de cargas gerais é uma das principais responsáveis pelo avanço do TVV neste trimestre. “Ao longo de 2021, o TVV passou a trabalhar cada vez mais como um terminal multipropósito, com objetivo de ampliar as cargas gerais, agregando mais atividades acessórias ao terminal. Neste sentido, os resultados obtidos nesse primeiro trimestre demonstram que a estratégia adotada, e ainda em curso, está sendo eficaz”, explica.

Entre os destaques do primeiro trimestre da Log-In está a aquisição de 100% do capital social da Tecmar Transportes, por cerca de R$ 102 milhões, celebrado em março de. A aquisição da transportadora, que faz parte da estratégia da companhia de diversificação dos negócios, garante know-how no segmento de cargas fracionadas e operação rodoviária com rotas sinérgicas às da Log-In.

Atualmente, a Tecmar atende nichos específicos que demandam experiência e elevado grau de especialização de transporte, além de possuir uma base diversificada de clientes, com foco nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul, e baixa concentração de vendas.

Como parte do processo de business combination, a entrada da Tecmar no Consolidado em março de 2022 ocorreu apenas nas contas patrimoniais: ativo, passivo e patrimônio líquido. Desta forma, o resultado da empresa será consolidado na Demonstração de Resultado do segundo trimestre de 2022.

FONTE: PORTOSeNAVIOS

Desemprego: o resultado do trimestre móvel aponta para uma melhora em relação ao contingente de desempregados (Reuters/Amanda Perobelli)

IMAGEM: (Reuters/Amanda Perobelli)

 

Quando considerado os níveis de instrução, a taxa de desemprego para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,3%, a maior para a categoria. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 11,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (5,6%).

Desalentados somam 4,6 milhões no 1º trimestre

O número de desalentados no 1° trimestre de 2022 foi de 4,6 milhões de pessoas, que são pessoas que desistiram de procurar trabalho por acharem que não vão conseguir emprego. O maior número estava na Bahia, com 648 mil desalentados ou 14,1% do contingente nacional.

Taxa de informalidade fica em 40,1%

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,1% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (62,9%), Maranhão (59,7%) e Amazonas (58,1%) e as menores com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%), informou o IBGE.

Rendimento médio é de R$ 2.548

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.548, um aumento de 1,5% em relação ao 4º trimestre de 2021 (R$ 2.510) e uma redução de 8,7% frente ao 1º trimestre de 2021 (R$ 2.789).

Na comparação entre o 4º trimestre de 2021, somente as regiões Norte (R$ 1.985) e Sudeste (R$ 2.875) tiveram expansão significativa. Já em relação ao 1º trimestre de 2021, a Região Norte ficou estável e as demais regiões apresentaram queda do rendimento médio.

Santa Catarina tem mais trabalhadores com carteira assinada

No 1º trimestre de 2022, 74,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Norte (59,9%) e Nordeste (56,9%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25% tinham carteira de trabalho assinada no país.

Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%), Rio Grande do Sul (81,1%) e os menores no Maranhão (47,3%), Pará (51,3%) e Piauí (51,4%).

Entre as mulheres, a taxa de desemprego é de 13,7% no período, enquanto para os homens está em 9,1%

Os estados da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro tiveram as maiores taxas de desemprego no 1º trimestre deste ano, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (13).

Segundo o instituto, na Bahia, a taxa de desocupação foi de 17,6% nos primeiros três meses do ano, enquanto Pernambuco e Rio de Janeiro ficaram com 17% e 14,9%, respectivamente. As menores taxas de desemprego foram de Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).

Frente ao 4º trimestre de 2021, a taxa de desocupação caiu somente no Amapá, ficando estável nas demais Unidades da Federação. Já frente ao 1º trimestre de 2021, as maiores quedas foram observadas em Tocantins, Alagoas e Sergipe.

Entre as mulheres, a taxa de desemprego é de 13,7% no período, enquanto para os homens está em 9,1%. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional para os brancos (8,9%) e acima para os pretos (13,3%) e pardos (12,9%), segundo o IBGE.

Quando considerado os níveis de instrução, a taxa de desemprego para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,3%, a maior para a categoria. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi 11,9%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (5,6%).

Desalentados somam 4,6 milhões no 1º trimestre

O número de desalentados no 1° trimestre de 2022 foi de 4,6 milhões de pessoas, que são pessoas que desistiram de procurar trabalho por acharem que não vão conseguir emprego. O maior número estava na Bahia, com 648 mil desalentados ou 14,1% do contingente nacional.

Taxa de informalidade fica em 40,1%

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 40,1% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (62,9%), Maranhão (59,7%) e Amazonas (58,1%) e as menores com Santa Catarina (27,7%), Distrito Federal (30,3%) e São Paulo (30,5%), informou o IBGE.

Rendimento médio é de R$ 2.548

O rendimento médio real mensal habitual foi estimado em R$ 2.548, um aumento de 1,5% em relação ao 4º trimestre de 2021 (R$ 2.510) e uma redução de 8,7% frente ao 1º trimestre de 2021 (R$ 2.789).

Na comparação entre o 4º trimestre de 2021, somente as regiões Norte (R$ 1.985) e Sudeste (R$ 2.875) tiveram expansão significativa. Já em relação ao 1º trimestre de 2021, a Região Norte ficou estável e as demais regiões apresentaram queda do rendimento médio.

Santa Catarina tem mais trabalhadores com carteira assinada

No 1º trimestre de 2022, 74,1% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Norte (59,9%) e Nordeste (56,9%) apresentaram as menores taxas. Entre os trabalhadores domésticos, 25% tinham carteira de trabalho assinada no país.

Dentre as Unidades da Federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,2%), São Paulo (82,4%), Rio Grande do Sul (81,1%) e os menores no Maranhão (47,3%), Pará (51,3%) e Piauí (51,4%).

 

FONTE: CNN

 

 

Definições

Ao discutir automação, existe a necessidade de fazer a distinção entre navios autônomos e navios sem tripulação/controlados remotamente.

Navios autônomos utilizam automação para suplementar ou apoiar a tomada de decisão a bordo ou gerenciar tarefas rotineiras e repetitivas.

Navios não tripulados/controlados remotamente utilizam automação para permitir que operadores em terra monitorem ou controlem funções a bordo.

Afirmações gerais

  1. Uma preocupação importante não é somente a do nível de automação, mas a da interface do elemento humano com essa automação, sendo necessário encontrar um equilíbrio entre os sistemas autônomos e a responsabilidade e o controle humano na gestão desses sistemas autônomos.
  2. Navios não tripulados/remotamente controlados dependerão de sistemas complexos e interdependentes, havendo sistemas de comunicação e troca digital de dados fazendo interface com múltiplos sistemas e sensores de navegação e engenharia autônoma presentes a bordo. A confiabilidade, robustez, integridade e segurança cibernética de tais sistemas trará desafios técnicos significativos.
  3. A automação continuará a evoluir com base na sua factibilidade econômica em certos ofícios, na aceitação do risco inerente a sistemas complexos, no desenvolvimento de um regime regulatório e nas políticas nacionais de segurança marítima.
  4. A automação continuará com a tendência de redução de pessoal a bordo. Contudo, acredita-se que embarcações fazendo comércio internacional continuarão a ter tripulação devido às convenções internacionais nesse sentido, num futuro próximo. Também se acredita que as mudanças na tripulação possam se dar mais rápido em águas domésticas, pelo menos em alguns casos.
  5. Mudanças nas tarefas e nos conjuntos de habilidades estão sendo atualmente avaliadas por instituições acadêmicas e empresas. As tarefas a bordo podem mudar e requerer um novo conjunto de habilidades e, portanto, novos regimes de treinamento.

Pressupostos

  1. O modelo de negócio e a idade da frota mundial atual sugerem que no futuro muitas decisões e ações poderão ser desempenhadas de maneira autônoma, com supervisão humana a bordo das embarcações.
  2. Decisões de alto impacto serão implementadas de forma a dar à tripulação a oportunidade de interceder e se sobrepor a elas. Novo monitoramento e nova capacidade de comunicação baseados na costa resultarão em mais tomadas de decisão e operações de navio feitas na costa.
  3. Membros da tripulação precisarão de habilidades alinhadas com competências em navegação, engenharia, eletricidade e eletrônica.
  4. Será preciso avaliar normas e convenções internacionais existentes para determinar se mudanças serão necessárias.