O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) destacou, no Boletim Boas Práticas em Negociações publicado em agosto passado, uma cláusula conquistada pelo Sindmar em acordos coletivos de trabalho (ACT).

“Considerando que a transição para uma economia verde e mais sustentável traz grandes desafios para que os trabalhadores do setor marítimo estejam totalmente inseridos nesses novos tempos, os armadores representados pelas Empresas acordantes se comprometem a adotar iniciativas efetivas para uma transição justa marítima, a informar e esclarecer à entidade sindical acordante sobre seus planos de transição para garantir que nenhum trabalhador ficará para trás na transição ecológica”.

O texto acima busca garantir estabilidade no emprego para marítimos durante o processo de mudança das empresas de navegação em relação à utilização de combustíveis mais limpos nas embarcações.

Desta forma, os armadores se comprometem a prover a capacitação necessária para que os trabalhadores do setor se adaptem às novas tecnologias que serão adotadas com o objetivo de reduzir as emissões de gases do efeito estufa resultantes do uso do bunker oil.

“Essa cláusula também foi apresentada internacionalmente, juntamente com outras existentes em nosso ACT, como referência para acordos coletivos aos sindicatos marítimos e portuários presentes na Maritime Round Table, realizada pela ITF em Limassol, no Chipre, este mês”, ressaltou o presidente do Sindmar e da Conttmaf, Carlos Augusto Müller, sobre evento promovido pela Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes.

O Boletim Boas Práticas em Negociações pode ser acessado na página do DIEESE:
https://www.dieese.org.br/boletimboaspraticas/2025/boletimBoasPraticas11_meioAmbiente.html