Nesta terça-feira (23), o Fórum da Construção Naval se reuniu com o vice-prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Cavaliere, para discutir propostas para a retomada da indústria no município.
Um dos principais assuntos abordados durante a reunião foi a situação do estaleiro Inhaúma, que atualmente tem a sua função desviada, sendo utilizado por uma empresa das Filipinas, a qual tem a intenção de transformar o local em uma área de contêiner.
“O Estaleiro Inhaúma é um ativo de interesse público para o Rio de Janeiro, pois tem o maior dique da região. É importante que a prefeitura ajude a resgatar as suas funções originais e, obviamente, a sua vocação para a construção naval, que são de maior interesse para a sociedade”, explica Carlos Müller, presidente da Conttmaf.
Outra demanda apresentada pelo Fórum foi a inclusão da Marinha Mercante e da construção naval na política pública do Rio de Janeiro, já que o governo do Estado não tem projetos de desenvolvimento para a economia e nem interage com o setor privado de forma efetiva.
O Rio de Janeiro já foi o berço da indústria naval no Brasil, mas atualmente carece de uma política de estado e está ficando para trás em relação a outros entes da federação neste setor.
Além disso, o Fórum propôs o estabelecimento de um diálogo social mais efetivo com o governo e com possíveis lideranças visando o compromisso, nas próximas eleições, com o desenvolvimento da economia local, a soberania nacional e a geração de empregos.
Participam do Fórum os dirigentes sindicais Carlos Augusto Müller (Presidente da Conttmaf e do Sindmar), Paulo Sérgio Farias (CTB), Alessandro de Souza Trindade (CUT), João Batista da Costa (Sindmetal), Edson Rocha (CNM/Sindimetal-Niterói) e Joacir Pedro (FUP).
Também integram o grupo representantes de entidades de defesa de trabalhadores como Miguel Moraes (Associação dos Aposentados Metal) e Luiz Sérgio da Nóbrega (CRT-RJ), e a deputada Verônica Lima (Presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Naval do Estado do Rio de Janeiro).