Navio-tanque São Sebastião na operação de off-loading com o navio de produção FPSO Cidade de Angra dos Reis. Campo de Lula, na Bacia de Santos.

IMAGEM: PETROBRAS/DIVULGAÇÃO

 

Segundo ANP, 71% da produção nacional teve como origem os campos da bacia sedimentar

A Bacia de Santos atingiu sua maior produção de petróleo e gás natural na história. Em junho, alcançou 71% da produção nacional, com 2,67 milhões de barris equivalentes de petróleo por dia (boe/d).

A marca ultrapassou o recorde de abril de 2021, quando o petróleo e o gás natural do local representaram 70,42% da produção nacional.

Os dados são do sistema de produção da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

O Campo de Búzios, localizado na mesma bacia sedimentar, teve o poço que mais produziu no mês, com uma média de 66,51 mil boe/d.

A Bacia de Campos foi a segunda maior produtora do país, com 805 mil boe/d, representando 21,45% do total da produção nacional.

Entre as bacias sedimentares terrestres, a liderança de produção foi da Bacia do Parnaíba (45,77 mil boe/d). O número representa um aumento de produção de 24% em relação a maio de 2021.

 

FONTE: PODER 360

IMAGEM: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

Petrobras importou 42 milhões de m³ por dia de de gás (GLN) de um estoque de 109 milhões de m³ por dia. Segundo a companhia, esse valor equivale a todo o gás nacional injetado na rede brasileira e o dobro do que está sendo importado da Bolívia.

De acordo com o relatório divulgado pela Ágora Investimentos e obtido pelo Money Times nesta terça-feira (20), o recorde de importação é um sinal do agravamento da crise hídrica, pois o produto é utilizado para ativar as usinas térmicas para a geração de energia.

Para os analistas Vicente Falanga e Ricardo França, a Petrobras reorganizou seus terminais de GNL para aumentar a capacidade de importação do Brasil. 

“O GNL é uma importante fonte alternativa de suprimento de gás e o Brasil tem pelo menos quatro novos terminais em construção nos próximos anos”, comentaram os analistas ao assinar o relatório da Ágora.

Enquanto isso, a demanda por energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou alta de 8,1% em junho na comparação com igual período do ano passado, impulsionada especialmente pela recuperação do setor industrial, disse o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta última segunda-feira (19).

Segundo boletim divulgado pelo órgão, a carga nacional atingiu 66.707 megawatts médios no período.

Apesar do aumento na comparação anual, houve uma variação negativa de 1,4% em relação a maio, acrescentou o operador.

“O forte aumento que vem sendo observado nas atividades do comércio e serviços, associado à manutenção do ritmo elevado da produção indústria, tem se refletido sobre desempenho da carga dos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul”, disse o ONS em nota.

 

FONTES: MONEY TIMES/REUTERS

 

O sindicato dos comerciários de São Paulo promove mutirão do emprego.

IMAGEM: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL

Profissionais de baixa qualificação serão os mais prejudicados

Os efeitos provocados na economia pela pandemia do novo coronavírus devem afetar os salários dos trabalhadores brasileiros por até nove anos, de acordo com o Banco Mundial.

As marcas deixadas pela crise sanitária na América Latina serão sentidas sobretudo pelos trabalhadores com menor qualificação e em uma posição mais vulnerável no mercado de trabalho, lembra a instituição.

A avaliação faz parte do relatório "Emprego em Crise: Trajetória para Melhores Empregos na América Latina Pós-Covid-19", divulgado pelo Banco Mundial nesta terça-feira (20). 

"No Brasil e no Equador, embora os trabalhadores com ensino superior não sofram os impactos de uma crise em termos salariais, e sofram impactos de curta duração em matéria de emprego, os efeitos sobre o emprego e os salários do trabalhador médio ainda perduram nove anos após o início da crise", diz o texto.

Os resultados sugerem que os trabalhadores menos qualificados e os trabalhadores mais velhos no Brasil foram os mais gravemente prejudicados pela crise, diz o documento. ​

Pesquisa recente do Datafolha aponta que, com a crise sanitária e o aumento do desemprego, 45,6% dos brasileiros dizem que a situação financeira ficou mais difícil durante a pandemia do novo coronavírus.

Como agravante, segundo o Banco Mundial, no Brasil, na Argentina e no Chile, as formas de trabalho não padronizadas (incluindo trabalhadores autônomos) estão crescendo no lugar do emprego formal, embora o perfil desses trabalhadores tenha mudado desde a metade dos anos 1990.

"As pessoas em empregos formais não padronizados hoje são mais jovens e têm um nível de escolaridade mais alto do que antes."

O relatório também fala de um efeito cicatriz no mercado de trabalho por conta da crise e avalia que a crise gerada pela pandemia ressaltou a necessidade de renovação dos instrumentos de proteção social, para tentar preservar a renda da população contra os choques no mercado de trabalho.

O país tem enfrentado taxas recordes de desocupação por conta da pandemia. Entre fevereiro e abril, a taxa bateu em 14,7%, e o número de desempregados totalizou 14,8 milhões. Os dados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). ​

Na avaliação do banco, uma das saídas para reduzir a crise seria ampliar o acesso aos programas nacionais de seguro-desemprego, fazer transferências mais dinâmicas das redes de proteção e manter um sistema robusto de serviços de apoio ao reemprego.

"Da mesma forma, os princípios de proteger os trabalhadores, em vez de proteger o emprego, e desvincular as proteções, podem não ajudar na crise no curto prazo, mas são aplicáveis no médio prazo."

O Banco Mundial pondera, no entanto, que benefícios como o seguro-desemprego têm efeitos limitados para amortecer as perdas causadas pela crise sanitária, já que é garantido aos trabalhadores formais, mas os informais e autônomos (mais afetados pela crise) ficam de fora da maioria dos benefícios.

 

FONTE: FOLHA DE S.PAULO

 
 
 

Pedro Castillo sempre usa chapéu de palha e carrega um lápis

IMAGEM: GETTY IMAGES

 

Azarão das eleições, o candidato de esquerda Pedro Castillo, um professor primário rural de 51 anos, foi confirmado presidente do Peru nesta segunda-feira (19/7) pelo tribunal eleitoral do país.

Castillo, do partido Peru Libre, foi eleito com 50,125% dos votos após eleições apertadas e extremamente polarizadas entre ele e a candidata de direita Keiko Fujimori, que teve 49,875%.

O pleito foi tão acirrado que demorou mais de um mês para que Castillo fosse proclamado vencedor — Fujimori acusou a eleição de fraudulenta e abriu uma batalha judicial. O segundo turno aconteceu em 6 de junho e as urnas foram consideradas 100% contabilizadas em 15 de junho.

Horas antes de o tribunal eleitoral confirmar a vitória de Castillo, Keiko afirmou que iria "reconhecer os resultados, pois é o que manda a lei e a Constituição que jurei defender".

Surpresa das eleições

O presidente eleito, um dirigente sindical de esquerda, foi a grande surpresa nestas eleições, estourando no cenário político peruano ao obter a maioria dos votos no primeiro turno presidencial.

O líder governará um país com população de 32 milhões de pessoas e produto interno bruto (PIB) de US$ 226 bilhões.

As eleições, extremamente polarizadas, marcaram um país profundamente dividido em meio a uma tripla crise de saúde, econômica e política. E vieram depois de uma tempestade política que tirou do poder quatro presidentes em cinco anos — com direito a processo de impeachment, renúncia e até um mandato de apenas seis dias, bem como protestos e várias alegações de corrupção contra políticos.

Tudo isso em meio à pandemia de coronavírus, que tem o Peru como o país do mundo com mais mortes per capita.

Pedro Castillo é um ex-rondero (membro das rondas camponesas, organizações de defesa comunais), professor primário rural desde 1995 — com mestrado em psicologia educacional— e importante dirigente docente.

Apesar de até recentemente ser relativamente desconhecido em Lima, com apenas 3 mil seguidores no Twitter, Castillo conseguiu o inesperado: conquistou parte do povo peruano e consolidou sua liderança antes do segundo turno presidencial. 

Nascido em Cajamarca, região serrana do norte do Peru, Castillo ganhou notoriedade em 2017 ao liderar uma greve de professores em várias regiões do país que durou 75 dias. Os manifestantes exigiram, entre outras coisas, um aumento salarial para professores peruanos.

Três anos depois, em 2020, anunciou sua candidatura presidencial representando o Peru Libre, que se define como um partido da esquerda marxista, depois que o líder da sigla, Vladimir Cerrón, foi desclassificado e condenado a três anos e nove meses de prisão.

A candidatura de Castillo cresceu especialmente nas duas semanas que antecederam o primeiro turno das eleições, em abril.

Durante a campanha, ele propôs uma série de reformas estruturais que implicam, entre outras coisas, em uma mudança total do modelo econômico peruano.

Para isso, Castillo promoveu a ideia de criar uma nova Constituição Política por meio de uma assembleia constituinte que atribuiria ao Estado um papel ativo como regulador do mercado.

Entre outras coisas, o sistema proposto pelo Peru Libre visa a nacionalização de setores estratégicos como mineração, gás e petróleo. Embora não seja contra a atividade privada, Castillo diz que ela deve ser sempre traduzida em "benefício para a maioria dos peruanos".

Castillo costuma viajar a cavalo e tem sua base de apoio no meio rural peruano, que conquista apelando à sua origem humilde e às grandes desigualdades que existem no Peru. Assim, conseguiu captar o descontentamento das classes mais pobres, especialmente as do interior do país, historicamente esquecidas pelo centralismo da capital, Lima.

Também se posicionou como candidato do povo em um momento em que a pandemia de coronavírus agravou as desigualdades de um país no qual muitos setores foram excluídos do bom momento econômico dos anos recentes antes da pandemia.

A ascensão de Castillo desconcertou parte da elite do país sul-americano, gerando incerteza para os investidores e os setores mais ricos ligados à mineração.

Em nota divulgada em 7 de junho, o candidato de esquerda disse que, caso chegasse à presidência, respeitaria a autonomia do banco central, "que tem feito um bom trabalho em manter a inflação baixa por mais de duas décadas".

Ao mesmo tempo, ele é contra o aborto ou o casamento entre pessoas do mesmo sexo e é a favor de uma mão forte em termos de ordem pública.

Na eleição, Castillo teve votação majoritária nas áreas rurais e interioranas, enquanto a filha do ex-presidente Alberto Fujimori foi a favorita em Lima, no norte do país e entre os peruanos vivendo no exterior.

Castillo assumirá a presidência em 28 de julho, mesmo dia em que o Peru comemora 200 anos da sua independência.

 

FONTE: BBC

rapid antigen test

IMAGEM: OPAS-ORGANIZAÇÃO PAN AMERICANA DA SAÚDE

 

O número de mortes diárias por covid-19 no país, segundo a média móvel de sete dias, divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, chegou ontem (20) a 1.192. Esse é o menor patamar desde 27 de fevereiro, quando houve uma média de 1.178 óbitos.

De acordo com os dados da Fiocruz, as mortes também registraram quedas de 23,5% em relação a duas semanas antes e de 42,2% na comparação com um mês atrás.

A média de ontem está abaixo da metade do pico da pandemia anotado em 12 de abril deste ano, quando os óbitos diários atingiram 3.124.

Apesar disso, ainda se encontra acima do número mais alto observado em 2020 (1.097 em 25 de julho daquele ano).

Casos

O número de casos, também segundo a média móvel de sete dias, chegou a 38.206 ontem, o menor nível desde 6 de janeiro (36.376). Foram observados recuos de 21,7% em relação a 14 dias antes e 48,1% na comparação com um mês atrás.

A média móvel de sete dias é calculada pela Fiocruz através da soma dos registros do dia em questão com os seis dias anteriores e da divisão do resultado por sete.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Foto da fachada do TRT-SC

IMAGEM: PORTAL TRT DA 12ª REGIÃO (SC)

 

Os valores indicados nos pedidos constantes da petição inicial limitam o montante a ser auferido em eventual condenação. Essa foi a tese aprovada, nesta segunda-feira (19/7), pelo Tribunal Pleno do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC) ao concluir o julgamento do Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) 323/2020.

O incidente foi suscitado pelos membros da 5ª Câmara do TRT-12 para uniformizar a jurisprudência do tribunal quanto à vinculação da condenação aos valores indicados na petição inicial.

Na primeira sessão do Pleno que julgou o tema (24/5), o desembargador relator, Garibaldi Tadeu Pereira Ferreira, propôs a seguinte tese: "os valores indicados aos pedidos constantes da petição inicial limitam o montante a ser auferido em eventual condenação". A Fecomercio-SC atuou como amicus curiae e foi favorável à tese formulada pelo relator.

O desembargador José Ernesto Manzi divergiu do mérito e entendeu pela necessidade de modulação dos efeitos para que a tese seja aplicada apenas para as ações ajuizadas após a publicação do acórdão que fixar a tese.

Os outros desembargadores votaram com o relator e aprovaram a tese jurídica, decidindo que outra sessão discutiria a questão da modulação dos efeitos.

Na sessão desta segunda-feira, então, o relator proferiu voto para rejeitar a proposta de modulação dos efeitos. Mais uma vez, a maioria o acompanhou, e apenas três desembargadores divergiram.

A tese aprovada vinculará todos os juízos da jurisdição trabalhista catarinense e será aplicada aos processos atuais e futuros, podendo servir como jurisprudência persuasiva para outros tribunais trabalhistas.

A advogada Manoella Keunecke, explica que a definição da tese é um marco para o processo trabalhista. "A decisão quebra com o antigo paradigma de que os trabalhadores poderiam deduzir pretensões com valores menores do que aqueles que os empregadores experimentavam pagar na execução, no caso de procedência", afirma.

"A tese fixada é relevante fator de estímulo para uma litigância trabalhista responsável, capaz de reduzir o número de ações trabalhistas infundadas e de permitir aos empregadores réus saberem, com exatidão, o risco econômico máximo de cada uma das ações contra si propostas e, portanto, defenderem-se de forma estratégica e consciente. As repercussões práticas da tese vão, entretanto, para além da sua aplicação estrita, trazendo para a defesa a oportunidade de impugnação sobre os valores atribuídos aos pedidos e à causa, sobre a qual devem recair os efeitos da preclusão temporal, e permitindo a prolação de decisões judiciais líquidas", defendeu a advogada.

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

plataforma de petróleo

IMAGEM: Divulgação/Petrobras

 

Mesmo com a continuidade da pandemia da Covid-19, a análise confirma a tendência de retomada de empregos no mercado. Número de oportunidades do 1º trimestre do ano cresceu 100% em relação ao último trimestre de 2020

A pandemia da Covid-19 ainda não acabou, mas diversos segmentos do mercado de petróleo e gás já sentem sinais de melhoria da atividade. Para registrar a tendência de vagas, a Firjan produziu em julho de 2021 o levantamento “Oportunidades no mercado de petróleo, gás e naval no estado do Rio de Janeiro”, uma análise com o número de oportunidades criadas no mercado fluminense de óleo e gás. Foram coletados dados desde fevereiro de 2020, com comparativo destacado entre o período mais recente: o último trimestre do ano passado e o primeiro trimestre de 2021.

Conforme a análise das informações, o primeiro trimestre do ano registrou um crescimento de 100% no número de vagas em relação ao último trimestre de 2020. Somando os dois trimestres, o volume de vagas é maior que o período de fevereiro a junho de 2020. Enquanto no quarto trimestre de 2020 foram abertas 215 oportunidades de emprego; de janeiro a março deste ano, a Firjan detectou a abertura de 474 vagas no mercado de petróleo e gás fluminense.

Para elaborar a observação, a federação usou como fonte as informações de vagas nos sites das empresas do mercado situadas no estado do Rio, além dos sites de busca de oportunidades, como por exemplo, o LinkedIn. Conforme os dados registrados nas empresas, em fevereiro de 2020, início da pandemia no país, havia 375 vagas. No mês de junho do mesmo ano foram apenas cinco oportunidades mapeadas, confirmando o impacto da crise sanitária no país.

“A recuperação a partir do segundo semestre de 2020, mesmo que parcial, está atrelada principalmente a conjuntura internacional do aumento do preço do barril de petróleo e a expectativa de retomada econômica mundial, com o avanço das campanhas de vacinação no combate à pandemia da Covid-19”, destaca Fernando Ruschel Montera, coordenador de Relacionamento de Petróleo, Gás e Naval da federação.

Os avanços regulatórios alcançados no cenário nacional também começam a refletir na tendência de surgimento de novas vagas. Conforme a nota técnica, também é possível observar que, com a aceleração no ritmo de divulgações de vagas, a maioria exige um elevado grau de qualificação.

Níveis de ensino e ocupações

O levantamento registrou também que 56% das vagas formais no primeiro trimestre de 2021 foram destinadas ao nível superior completo. Para trabalhadores com curso superior em andamento foram 15% das oportunidades. Nível técnico registrou 14% e Ensino Médio, 8% das vagas. Entre as ocupações de nível superior destacam-se analistas, engenheiros e estagiários universitários.

A observação destaca, ainda, o aumento na participação do Ensino Médio no total de vagas ofertadas no comparativo entre primeiro trimestre de 2021 e o último trimestre de 2020. Cargos como operador, assistente, auxiliar, jovem aprendiz, inspetor, projetista, entre outros, normalmente exigem somente o Ensino Médio como formação.

Mesmo com uma grande preferência por profissionais com formação completa com nível superior e técnico, o documento “Oportunidades no mercado de petróleo, gás e naval no estado do Rio de Janeiro” confirma que há oportunidades para estudantes (estagiários) tanto para curso superior quanto para profissionalizante. O mapeamento reforça a capacidade de atendimento pela Firjan SENAI para formação desses profissionais. São cursos técnicos em Mecânica, Automação Industrial, Mecatrônica, Eletrotécnica, Segurança do Trabalho e Eletromecânica.

“A Firjan SENAI tem investido na matriz tecnológica de cursos e na inovação para a formação profissional, com novas competências”, reforça Carlos Magno, gerente geral de Relacionamento Negócios na Firjan SENAI. São 2.500 vagas de cursos técnicos no SENAI para o segundo semestre deste ano, com a reabertura de aulas presenciais.

Ao comentar sobre o perfil exigido pelo mercado, Myriam Marques, gerente geral de Gestão de Pessoas e Cultura Organizacional na Firjan SENAI, enumerou algumas habilidades importantes: pensamento analítico e de inovação, resolução de problemas complexos e pensamento crítico. “O jovem que faz o curso técnico tem o diferencial competitivo porque exercita todas as suas habilidades”, pontua.

 

FONTE: PORTOS&NAVIOS

IMAGEM: FLÁVIO EMANUEL/AGÊNCIA PETROBRAS

 

Nos primeiros 6 meses de 2021, estatal teve queda de 1,8% na extração de óleo e gás

Petrobras registrou aumento de 1,7% na produção de óleo e gás no 2º trimestre de 2021 em relação ao 1º trimestre. Os dados são de relatório da ANP (Agência Nacional de Petróleo), ao qual o Valor Econômico teve acesso.

O relatório mostra que o desempenho positivo da estatal no 2º trimestre não foi suficiente para que os resultados do 1º semestre sejam positivos. Nos primeiros 6 meses de 2021, a Petrobras teve queda de 1,8% na extração de óleo e gás em relação ao ano passado, mesmo em meio à crise mundial.

Apesar da pandemia de covid-19, no 2º trimestre do ano passado, a petroleira bateu recorde de exportação da commodity. Como aponta o relatório, a perda com a venda de ativos e o declínio dos campos maduros do pós-sal colaboraram para um desempenho negativo da estatal em 2021.

A ANP e a Petrobras contabilizam a produção de petróleo de forma diferente. Enquanto a estatal considera os líquidos de gás natural, a agência inclui o condensado. De qualquer forma, os dados da ANP dão uma ideias do que esperar do relatório trimestral da petroleira, que deve ser divulgado nesta 5ª feira (22.jul.2021).

De acordo com a ANP, no 2º trimestre, a Petrobras produziu 2,139 milhões de barris de petróleo por dia. A produção de gás natural ficou em 97,9 milhões de m³/dia.

Foi registrado crescimento de 1,7% na extração de óleo em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, houve pequena queda de 0,2%.

Já na produção de gás, a agência reportou aumento de 1,55%, ante o primeiro trimestre, e de 4,1% na comparação anual.

A extração de óleo acumulada no ano caiu 2,6% no 1º semestre, em relação ao mesmo período do ano passado. A produção de gás natural teve alta de 1,4%.

A Petrobras foi responsável por cerca de 72% da produção nacional em junho. Nesse mês, a estatal produziu uma média de 2,705 milhões de BOE/dia. O volume mostra uma queda de 2,3% em relação a maio. Junho foi o 2º mês consecutivo de retração. Em comparação com o ano passado, houve corte de 4,9% nos volumes produzidos pela empresa.

Em junho, a produção total de óleo e gás veio 93,75% do mar, cerca de 2,536 milhões de BOE/dia. Já em terra, a média foi de 166 mil BOE/dia, que é o menor patamar da companhia no onshore desde 2000, que foi quando a ANP iniciou o acompanhamento. A queda no ambiente terrestre é reflexo do desinvestimento no segmento.

 

FONTE: VALOR ECONÔMICO

Bandeira do Brasil diante da sede da Petrobras

IMAGEM: CARL DE SOUZA/AFP/GETTY IMAGES

 

Petrobras recebeu ofício do Ministério de Minas e Energia com indicações para a composição da chapa da União para cargos no conselho de administração da empresa, cuja eleição ocorrerá na próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE), informou a petroleira em fato relevante nesta terça-feira.

O ofício prevê a recondução de Eduardo Bacellar Leal Ferreira à presidência do conselho, bem como a recondução de Joaquim Silva e Luna, atual presidente-executivo da estatal, à sua posição no colegiado.

Também foram apontadas as reconduções de Ruy Flaks Schneider, Sonia Julia Sulzbeck Villalobos (para vaga destinada ao Ministério da Economia), Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza e Cynthia Santana Silveira (selecionada em lista tríplice elaborada por empresa especializada). 

Houve ainda a indicação de Carlos Eduardo Lessa Brandão para cargo de conselheiro, também como nome selecionado em lista tríplice elaborada por empresa especializada.

 A companhia já havia recebido, no último dia 7, as indicações de acionistas minoritários para o conselho.
A realização de uma nova assembleia para eleição de cargos no colegiado ocorre após a renúncia do conselheiro Marcelo Gasparino da Silva, representante de minoritários, que havia sido eleito em AGE em abril.
 
FONTE: REUTERS
 
 

Foto: Divulgação/The Rio Times

 

As “atitudes hostis” do Brasil “mataram o debate no Mercosul”, em particular devido às posições negativas do ministro da Economia, o ultraliberal Paulo Guedes, avaliou o chanceler argentino, Felipe Solá, em entrevista publicada nesta segunda-feira(19) pelo jornal O Globo.

“Com o Brasil não há debate, conversas entre ministros, debates acadêmicos, entre empresários, sindicatos, debates francos, tudo isso é impensável”, afirmou Solá durante visita ao Rio de Janeiro para comemorar os 30 anos de um acordo de uso pacífico da energia nuclear.

A disposição do Brasil e do Uruguai em negociar individualmente acordos comerciais com países ou blocos terceiros e suas pressões para reduzir a Taxa Externa Comum (TEC) cristalizam as discrepâncias.

“O Brasil tem uma posição personalizada num grupo de economistas que controla o Ministério da Economia. As atitudes hostis mataram o debate (…) O Mercosul está adormecido”, destacou Solá.

O chanceler informou que o ministério de Guedes se negou a falar com os seus homólogos argentinos. “Uma atitude muito negativa”, criticou ele.

Essa diretriz veio de Guedes “e finalmente houve uma confirmação sincera (por parte do Itamaraty) de que a posição do Brasil é a posição do ministro Guedes. Isso me foi dito de forma explícita. O ministro Guedes acha que vai conseguir baixar os preços no Brasil reduzindo 10% a TEC”, afirmou Solá.

Guedes “acha que baixando o preço dos produtos importados os produtores brasileiros serão obrigados a baixar os preços também”.

“Busca-se obrigá-los a uma eficiência maior, com o custo de ter mais desemprego, fechamento de empresas, etc… Já passamos por isso e não queremos mais seguir esse caminho”, acrescentou, evocando políticas neoliberais aplicadas durante a ditadura militar argentina (1976-83) e nos anos 90.

Na cúpula do Mercosul em 8 de julho, o presidente Jair Bolsonaro criticou o “uso da regra do consenso como instrumento de veto” dentro do bloco.

Mas o presidente argentino, Alberto Fernández, defendeu o consenso “como a espinha dorsal constitutiva” do grupo.

“A Argentina está atuando como alguém que quer preservar um casamento, apesar do que os outros fazem (…) Não houve acordo na cúpula, mas a Argentina fez um esforço enorme durante um ano e meio e se aproximou da proposta brasileira de redução da Tarifa Externa Comum”, acrescentou Solá.

As relações entre Brasil e Argentina se desgastaram desde que Bolsonaro criticou a eleição de Fernández como presidente, e os ânimos pioraram ainda mais devido às diferenças no Mercosul.

“Nos acostumamos a negociar apesar das circunstâncias, e continuaremos tentando negociar. Se o ministro Guedes quiser negociar conosco estamos abertos. Agora, se quer impor sem negociar, isso é outra coisa”.

 

FONTE: AFP

Paraná lo water levels Argentina

Rio Paraná - importante rota de escoamento de grãos (imagem: Alamy)

 

O governo da Argentina pediu aos cidadãos para limitar o uso de água em uma tentativa de aliviar a pressão no Rio Paraná, uma importante via de grãos cujo nível atingiu uma mínima de 77 anos, uma situação que prejudica embarques de cereais, incluindo soja e trigo.

Um grupo de conselho do governo pediu para que as pessoas “economizem água”, armazenem água da chuva para irrigação e evitem a queima de resíduos para prevenir incêndios florestais nos pântanos em torno do delta do rio.

“Os níveis de água no Paraná estão numa mínima desde 1944, o que exige um compromisso de todo mundo para atender e agir preventivamente e com responsabilidade contra essa situação”, afirmou o grupo em declaração na noite da segunda-feira.

O Paraná, que possui sua fonte no sul do Brasil, flui pela Argentina até próximo da costa de Buenos Aires. É a rota de transporte de 80% das exportações agrícolas do país e fonte de água potável, irrigação e energia.

Entretanto, devido à escassez prolongada de chuvas no Brasil, o nível de água no Paraná caiu drasticamente, atingindo a quantidade de carga que pode ser transportada pelos navios no auge da temporada argentina de exportação de milho e soja.

No sábado, o governo anunciou um fundo de alívio de 10,4 milhões de dólares para mitigar os impactos do baixo nível de água.

(Reportagem de Maximilian Heath)

FONTE: REUTERS

Bandeiras do Mercosul, da União Europeia e do Brasil - Wikimedia Commons

Bandeiras do Mercosul, da União Europeia e do Brasil Imagem: Wikimedia Commons

 

O Brasil abrirá uma cota de importação anual de 32 mil veículos da Europa com tarifa de 17,5%, ou seja metade da alíquota normal, por sete anos, a partir do momento em que o acordo Mercosul-União Europeia (UE) entrar em vigor.

Depois dos sete anos com cota, começará a desgravação (mecanismo de redução) da tarifa até chegar a zero nos oito anos seguintes nesse setor. A área automotiva é considerada uma dos mais importantes no acordo.

Por sua vez, o café solúvel brasileiro, que é muito exportado para a Europa, terá acesso sem tarifa nos 27 países da UE quatro anos depois da entrada em vigor do acordo birregional. A tarifa atualmente é de 9%, muito alta para os padrões europeus. E, com sua eliminação, o produto brasileiro com valor agregado poderá ganhar mercado.

Essas informações foram detalhadas na sexta-feira, pela primeira vez, ao mesmo tempo pelos países do Mercosul e pela União Europeia, com a publicação dos cronogramas de redução tarifária e dos compromissos em matéria de serviços e compras públicas pelo acordo birregional.

O objetivo claramente é de buscar algum “movimento” e que não pareça que o acordo está paralisado, apesar da resistência de alguns Estados-membros europeus que se dizem inquietos com os problemas ambientais no Brasil.

A União Europeia e o Mercosul querem mostrar que há enormes oportunidades de negócios no acordo birregional e que não podem ser perdidas. O exemplo do ganho para os produtores de veículos europeus ilustra isso. A liberalização no Mercosul será em 15 anos no total. Nos primeiros sete anos, o bloco dará cota para entrada de 50 mil veículos europeus com uma vantagem preferencial de 50%. Ou seja, o carro europeu (dentro da cota) será submetido à alíquota de 17,5%, enquanto o carro dos EUA ou do Japão vai continuar pagando 35% .

Essa cota de 50 mil foi distribuída entre os países do Mercosul de acordo com o comércio histórico. É por isso que a cota brasileira é maior, de 32 mil veículos. A Argentina dará cota de 15,5 mil, o Uruguai, de 1.750, e o Paraguai, de 750 veículos. As importações fora da cota continuarão com tarifa de 35%, até que comece a desgravação.

De outro lado, a cota de 99 mil toneladas para exportação de carne bovina do Mercosul para a UE é conhecida. O que é menos é o ganho para produtos já bastante comercializados, como o café solúvel para o Brasil, e que portanto tendem a aumentar mais seu faturamento.

Além disso, o potencial é significativo para frutas brasileiras, um nicho do comércio internacional que tem um dos maiores potenciais de c crescimento. Para uva de mesa procedente do Mercosul, por exemplo, a eliminação da tarifa na UE será imediata.

Acordo significa troca recíproca, queda de tarifas para as empresas de cada bloco. Por isso, uma coalizão de 13 importantes associações industriais da Europa recentemente levantou a voz conclamando os governos europeus a uma ratificação rápida do acordo comercial com o Mercosul. As associações alertaram que um fiasco na ratificação do acordo deixaria a UE e o Mercosul “com menos instrumentos para construir confiança mútua e cooperar para enfrentar o maior desafio do nosso tempo”. E que a não ratificação levará Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, os sócios do Mercosul, a continuar ou mesmo a expandir seu comércio com outros parceiros com padrões ambientais e trabalhistas substancialmente mais baixos. A manifestação ilustra o temor de a Europa perder mais negócios em proveito da China na região.

Em comunicado, o Itamaraty diz que, em razão do interesse público nas negociações concluídas entre o Mercosul e a União Europeia, os dois lados decidiram publicar os cronogramas de liberalização recíproca.

Ressalva que os documentos não são definitivos e poderão sofrer modificações adicionais em decorrência do processo de revisão formal e jurídica, ainda em andamento. O acordo será vinculante para as partes, conforme o direito internacional, somente após a conclusão dos procedimentos legais internos necessários para a entrada em vigor.

Na prática, um movimento pode ser esperado do lado da EU depois da eleição presidencial francesa do ano que vem.

Os detalhes da desgravação estão na página do Ministério das Relações Exteriores

 

FONTE: VALOR