Justiça

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Cabe ao credor o direito de escolha em face de quem deseja promover a tutela satisfativa. Assim, a 4ª Vara do Trabalho de São Paulo acolheu um pedido de desconsideração da personalidade jurídica do sócio de uma empresa de automóveis executada e o tornou responsável pela quitação.

A empresa não pagou parcelas de um acordo. As tentativas de pesquisa pelo SisbaJud não tiveram resultado. Representado pelo advogado José Chalot, o autor pediu a reponsabilização do sócio pela dívida na ação trabalhista.

O argumento foi de que haveria confusão patrimonial, já que os imóveis indicados como garantia pertenciam a ele e não à empresa. O juiz Maurício Pereira Simões observou que os imóveis também não estariam livres e desembaraçados.

O sócio alegava que a desconsideração da personalidade jurídica só poderia ser pleiteada se todos os meios de expropriação se esgotassem. Mas o magistrado ressaltou que, "dada a solidariedade entre a reclamada e sócios", tal escolha cabe ao exequente, "não havendo falar em benefício de ordem entre os corresponsáveis, muito menos em face de seus sócios".

 

FONTE: REVISTA CONSULTOR JURÍDICO/CONJUR

 

Em Canoas, refinaria da Petrobras ocupa cerca de 580 hectares

IMAGEM: ADRIANO LEAL/DIVULGAÇÃO/JC

 

As tratativas haviam sido iniciadas no início do ano. 

A Ultrapar Participações comunicou ao mercado nesta sexta-feira (1) que encerrou as negociações para aquisição da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) junto à  Petrobras, sem renovar proposta. As tratativas haviam sido iniciadas no início do ano.

“Apesar dos esforços envidados pelas partes durante esse processo, certas condições críticas definidas na proposta vinculante da companhia não se confirmaram no curso das negociações, desequilibrando a equação de risco e retorno esperada. Com isso, a Ultrapar informa que não irá renovar sua proposta vinculante, optando por encerrar as negociações em curso, sem penalidades para nenhuma das partes”, destacou.

A Ultrapar informou que está concluindo a fase de racionalização de seu portfólio com os desinvestimentos em andamento da Oxiteno, Extrafarma e ConectCar.

“Com um portfólio mais complementar e sinérgico, a Ultrapar reduzirá significativamente sua alavancagem financeira, ampliando sua capacidade de investimento. Nesse sentido, a Ultrapar continuará investindo no crescimento da plataforma existente nas verticais de energia e infraestrutura, por meio da Ipiranga, Ultragaz e Ultracargo, bem como em novas oportunidades de negócios alavancados na transição da matriz energética brasileira. A companhia também continuará acompanhando os desdobramentos do programa de venda de ativos da Petrobras”, ressaltou.

Já a Petrobras informou em comunicado que iniciará tempestivamente novo processo competitivo para essa refinaria.

“Os processos competitivos para venda da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), em Minas Gerais, Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará, e Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná, continuam em andamento visando a assinatura dos contratos de compra e venda. As refinarias Landulpho Alves (RLAM) e Isaac Sabbá (REMAN) já tiveram seus contratos de compra e venda assinados”, destacou.

A estatal ainda informou que reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio e informa que as etapas subsequentes dos projetos em curso serão divulgadas ao mercado.

FONTE: MONEY TIMES

 

Empresários com contas em paraísos fiscais, de acordo com documentos descobertos pelos Pandora Papers.

IMAGEM: METRÓPOLES

Cruzamento do Metrópoles mostrou que 65 dos maiores devedores de impostos à União mantêm offshores em paraísos fiscais

Os documentos do Pandora Papers mostram que 66 dos maiores devedores brasileiros de impostos, cujas dívidas somam R$ 16,6 bilhões, mantêm offshores com milhões depositados em paraísos fiscais. Dentre eles, estão desde o empresário Eike Batista e o inventário do ex-deputado José Janene, estrela do Mensalão e morto em 2010, até desconhecidos do público em geral, mas que figuraram em esquemas de corrupção sob investigação da Polícia Federal.

Offshores são empresas em paraísos fiscais, muito populares entre as pessoas mais ricas do mundo. Elas são criadas por motivos que vão desde economizar no pagamento de impostos — um drible fiscal suavemente chamado de eficiência tributária — até a proteção de ativos contra o risco político ou confiscos, como o que ocorreu no Brasil em 1990. Por estarem localizadas em países com pouca transparência e fiscalização, as offshores também são usadas por quem quer ocultar patrimônio ou por corruptos ou integrantes de organizações criminosas que desejam esconder dinheiro sujo. No Brasil, é permitido ter offshores, desde que declaradas à Receita Federal e, quando seus ativos ultrapassam US$ 1 milhão, ao Banco Central. Assista aqui a um vídeo para entender melhor o que é uma offshore.

Quando uma pessoa tem seu nome inscrito na Dívida Ativa, o governo federal pode pedir ao Judiciário a penhora de bens e a retenção de valores para tentar forçar o pagamento da dívida. Isso é mais difícil em caso de bens no exterior, mesmo quando os bens são declarados.

Para chegar à lista, a reportagem selecionou os nomes de todos os devedores com débitos somados superiores a R$ 20 milhões inscritos na Dívida Ativa da União. Depois disso, esses nomes foram buscados no banco de dados do Pandora Papers. Os resultados foram analisados para excluir casos de homônimos. Ao fazer o cruzamento, o Metrópoles considerou apenas as dívidas em nome da pessoa física, e não as relacionadas a eventuais empresas detidas por essas pessoas. Isso porque muitas vezes as dívidas de pessoas jurídicas também são inscritas para as físicas.

Os nomes identificados foram contatados, seja por meio da assessoria de imprensa, seja por outros canais, para que informassem se declararam à Receita Federal e ao Banco Central a abertura da offshore e explicassem a razão de terem criado as empresas.

FONTE: MIGALHAS

IMAGEM: Nelson Jr./SCO/STF 

 

Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1.018.459 — Repercussão geral

Relator: ministro Ricardo Lewandowski


Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas de Curitiba x Ministério Público do Trabalho


Embargos de declaração na decisão que reafirmou a inconstitucionalidade da contribuição assistencial imposta por acordo, convenção coletiva de trabalho ou sentença normativa a empregados não sindicalizados.


Alega que três das quatro decisões mencionadas no julgamento tratam de outra contribuição — a Contribuição Confederativa — que, segundo este próprio STF não se confunde e não possui a mesma natureza da contribuição assistencial. Sustenta ainda que no único aresto que trata da Contribuição Assistencial não há discussão de mérito sobre a questão, em razão do mesmo considerar a discussão infraconstitucional. 

Com informações da Assessoria de Imprensa do STF

TIÃO SIQUEIRA/JC IMAGEM

IMAGEM: JOÃO SIQUEIRA/JC

Pasta prevê que Anvisa deve editar norma com protocolos sanitários

Suspensos no país desde o início da pandemia de covid-19, os cruzeiros marítimos retornarão à costa brasileira em novembro, anunciou neste sábado (2) à noite o Ministério do Turismo. Em nota, a pasta informou que uma portaria será assinada nos próximos dias.

Após a publicação da portaria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) editará uma norma com os protocolos sanitários. As viagens também deverão respeitar as regras das cidades onde os navios atracarem.

Entre os protocolos a serem definidos pela Anvisa, estão a realização de testes antes do embarque em todos os passageiros, vacinação e testagem dos tripulantes, uso de máscaras, distanciamento, ocupação reduzida nos navios, desinfecção e higienização constantes nas embarcações e fornecimento de ar fresco sem recirculação (nos moldes dos filtros especiais dos aviões).

A liberação dos cruzeiros ocorre três semanas depois de a Anvisa ter se posicionado contra a medida. Em 10 de setembro, a agência havia informado que as evidências sanitárias e epidemiológicas ainda não apontavam a retomada dos cruzeiros como ação segura. Naquele momento, não havia previsão de uma nova reavaliação da medida.

Segundo o Ministério do Turismo, a autorização para a temporada de cruzeiros 2021/2022 envolveu a aprovação conjunta de medidas dos Ministérios da Saúde, da Justiça, da Infraestrutura, da Casa Civil e da Presidência da República. A expectativa, informou o governo, é gerar R$ 2,5 bilhões para a economia e criar 35 mil empregos, o que representaria crescimento de 11% em relação à temporada 2019/2020.

Estimativas

Para a temporada de cruzeiros 2021/2022, que vai de novembro até abril do próximo ano, estão previstos sete navios, informou o Ministério do Turismo. As embarcações devem ofertar mais de 566 mil leitos, 35 mil a mais que na temporada 2019/2020, e farão cerca de 130 roteiros e 570 escalas em portos brasileiros. Entre os destinos previstos, estão Rio de Janeiro, Santos, Salvador, Angra dos Reis, Balneário Camboriú, Búzios, Cabo Frio, Fortaleza, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Maceió, Porto Belo, Recife e Ubatuba.

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

Navio de cruzeiro Carnival Panorama atracado em Long Beach, Califórnia, EUA,

IMAGEM: Lucy Nicholson/Reuters

 

Os cruzeiros são uma importante fonte de poluição e degradação ambiental, que urge controlar aponta uma investigação hoje divulgada.

A indústria de cruzeiros volta a estar sob fogo, por causa dos impactos no ambiente e na saúda humana, de acordo com um estudo realizado no Reino Unido, Espanha e Croácia.

Publicada na revista especializada “Marine Pollution Bulletin”, a análise foi divulgada pela Universidade de Exeter (Reino Unido) e indica que a indústria dos cruzeiros tem um impacto crescente, tanto no ambiente como na saúde e bem-estar humanos.

A investigação, que, segundo os autores, é a mais abrangente jamais realizada sobre uma das indústrias de crescimento mais rápido na área do turismo antes da pandemia de Covid-19, alerta para a degradação do ar, água, solo, habitats frágeis e vida selvagem gerada pelos cruzeiros.

Os autores concluíram também que a indústria dos navios de cruzeiro é uma fonte potencial de riscos físicos e mentais, para passageiros, para trabalhadores e para pessoas que vivem perto dos portos ou que trabalham em estaleiros navais. Os riscos incluem a propagação de doenças, como a Covid-19, o ruído, a poluição atmosférica e ambientes de trabalho difíceis.

Num trabalho que envolveu, além do Reino Unido, a Espanha e a Croácia, a investigação combinou informação de mais de 200 documentos de investigação sobre a saúde das pessoas e do ambiente em diferentes oceanos.

Josep Lloret, da Universidade de Girona, disse, citado na investigação, que é preciso agora legislação global para minimizar danos, tanto para os oceanos como para a saúde das pessoas

“O turismo de cruzeiro era um turismo em rápida expansão antes da Covid-19, e a nossa investigação mostra que causa grandes impactos no ambiente e na saúde e bem-estar humanos. Precisamos de um acompanhamento muito melhor para gerar dados mais sólidos para a imagem real destes impactos. Sem regras novas e rigorosamente aplicadas a nível nacional e internacional, é provável que a indústria dos cruzeiros continue a causar estes graves riscos para a saúde e o ambiente”, disse Lora Fleming, da Universidade de Exeter.

Os investigadores dizem que um grande navio de cruzeiro pode ter uma pegada de carbono superior a 12 000 automóveis, e que os passageiros de um cruzeiro na Antártida podem produzir tantas emissões de dióxido de carbono (CO2) como a média europeia num ano inteiro. Dentro do Mediterrâneo, dizem, estima-se que as emissões de CO2 dos navios de cruzeiro e “ferryboats” sejam até 10% de todas as emissões de navios.

O documento hoje divulgado inclui ainda investigação sobre os resíduos sólidos, que também têm impacto na saúde e no meio ambiente.

Um navio de cruzeiro que transporte 2 700 passageiros pode produzir uma tonelada de resíduos por dia.

“Embora os navios de cruzeiro constituam apenas uma pequena percentagem da indústria naval mundial, estima-se que cerca de 24% de todos os resíduos produzidos pela navegação provêm deste setor”, dizem os autores da investigação.

 

FONTE: TRANSPORTES&NEGÓCIOS

 

 


IMAGEM: EXPRESSO DO SERTÃO

 

No próximo ano, os trabalhadores que não recebem o abono salarial irão receber o PIS/PASEP 2022 equivalente aos dois anos de contribuição. A suspensão teve como objetivo minimizar os impactos gerados pela pandemia de Covid-19.

O Governo Federal decidiu pela suspensão dos pagamentos de abono salarial PIS/PASEP para usar o recurso no Benefício de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). O foco foi preservar o trabalho dos brasileiros, mesmo diante da pandemia.

A decisão foi tomada em acordo com o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), empresas e trabalhadores. Com a suspensão, cerca de 10,8 milhões de brasileiros foram atingidos e o governo deixou de repassar entre R$ 7,6 bilhões a R$ 8,1 bilhões.

Com isso, os trabalhadores que iriam receber o PIS/PASEP 2021 no segundo semestre tiveram o pagamento adiado para o próximo ano. Com isso, os saques irão acontecer junto com o abono salarial de 2022.

O PIS/PASEP 2021 do segundo semestre só estará disponível em janeiro de 2022, já que o acordo definiu que os pagamentos aconteçam no primeiro semestre de cada ano. Com isso, o valor do abono será reajustado com base no salário mínimo de 2022.

PIS/PASEP 2022

O PIS é destinado aos trabalhadores da rede privada, sendo o pagamento de responsabilidade da Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago aos servidores públicos pelo Banco do Brasil. O valor recebido depende do tempo de trabalho exercido no ano base.

A previsão  do Governo Federal para o salário mínimo de 2022, enviada ao Congresso Nacional no Projeto de Lei orçamentária, é de R$ 1.192. Diante disso, veja abaixo uma simulação baseada no valor previsto para o piso nacional do próximo ano:

  • 1 mês: R$ 99,33
  • 2 meses: R$ 198,66
  • 3 meses: R$ 298,00
  • 4 meses: R$ 397,33
  • 5 meses: R$ 496,33
  • 6 meses: R$ 596,00
  • 7 meses: R$ 695,33
  • 8 meses: R$ 794,66
  • 9 meses: R$ 894,00
  • 10 meses: R$ 999,33
  • 11 meses: R$ 1.092,66
  • 12 meses: R$ 1.192,00

Critérios do PIS/PASEP

  • Estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos;
  • Ter recebido remuneração mensal média de até dois salários mínimos com carteira assinada no ano-base;
  • Ter exercido atividade remunerada para pessoa jurídica, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração;
  • Ter seus dados informados pelo empregador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)/eSocial.

FONTE: fdr

Homem sobe no mastro da bandeira do Brasil na Praça dos Três Poderes

IMAGEM: JAMIL BITTAR/REUTERS 

 

Dados são do Instituto Brasileiro de Economia da FGV

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 14,3 pontos em setembro, para 133,9 pontos, o maior nível desde março de 2021. Segundo análise do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV), comparando-se à série histórica anterior à pandemia de covid-19, período em que foram registrados níveis inéditos de incerteza no Brasil e no mundo, este seria o segundo maior nível de incerteza, ficando abaixo apenas de setembro de 2015, quando o indicador alcançou 136,8 pontos.

“Entre os fatores que contribuíram para alta estão as diversas crises do momento – política, institucional e hídrica, o cenário fiscal indefinido, a inflação ascendente e dúvidas remanescentes quanto à pandemia que injetaram uma dose adicional de incerteza no mês. Com todos esses choques, dificilmente o indicador convergirá para a (já elevada) média 2015-2019 em 2021, como parecia ser possível alguns meses atrás”, afirmou, em nota, a economista do Ibre/FGV, Anna Carolina Gouveia.

Segundo o estudo, os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam no mesmo sentido em setembro.

“O componente de mídia subiu 14,2 pontos, para 132,6 pontos, maior nível desde agosto de 2020, uma contribuição de 12,4 pontos para o índice agregado. O componente de expectativas, que mede a dispersão das previsões para os 12 meses seguintes, subiu 8,8 pontos, para 125 pontos, maio nível desde abril, contribuindo de forma positiva em 1,9 ponto para a evolução na margem do IIE-Br”, informou a FGV.

 

FONTE: AGÊNCIA BRASIL

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IMAGEM: MARCELLO CASAL JR/AGÊNCIA BRASIL

 

“A depender do que acontece no cenário internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami aqui no Brasil”, disse o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior

Isolado internacionalmente, o Brasil não conta com as ferramentas de outrora para reagir a turbulências no mercado internacional. Nesta quarta-feira (29), as principais bolsas do planeta fecharam em queda, arrastando também o mercado brasileiro. Diante das incertezas em relação à recuperação da economia dos Estados Unidos e com a alta dos derivados do petróleo, que afetam todos os demais países, os brasileiros sofrem com a alta generalizada dos preços.

Para o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, falta ao Brasil um projeto autônomo de desenvolvimento. Em entrevista a Glauco Faria, no Jornal Brasil Atual, nesta quinta (30), ele relacionou as flutuações nos mercados internacionais ao receio de que as economias centrais cresçam menos do que o esperado.

“No mundo, as coisas não estão correndo tão bem como muita gente imaginava. A conta da pandemia não vai sair barata. É um cenário internacional bastante delicado, de muita insegurança ainda. No Brasil, estamos bem longe de construir pontes efetivas para sair deste momento”, afirmou.

“Ou seja, a depender do que acontece no cenário internacional, qualquer soluço no mundo vira tsunami aqui no Brasil. É o que nós estamos assistindo agora”, acrescentou.

Custo da crise

Diante dessas incertezas, além da alta do petróleo, o Brasil enfrenta a desvalorização do real frente ao dólar. É o que explica a alta dos preços, principalmente dos combustíveis e dos alimentos. “Quem paga o preço, principalmente, são os mais pobres”, destacou Fausto

Nesse sentido, ele afirmou que a decisão do Banco Central de elevar a taxa básica de juros (a Selic) contribui para o “esfriamento” ainda mais acentuado da economia brasileira. A elevação dos juros não tem o efeito pretendido sobre a inflação. Também não serve para atrair investimentos externos, dada a degradação da imagem do país no cenário internacional. A principal consequência é o encarecimento do crédito para famílias e empresas.

Debilidades

Para reagir à crise internacional de 2008/2009, o governo Lula apostou no fortalecimento do mercado interno. Bancos públicos baratearam o crédito para estimular o consumo, mantendo assim os níveis de emprego. Desde 2016, e principalmente agora, durante o governo Bolsonaro, a aposta é em reformas ultraliberais, que fragilizaram ainda mais o mercado de trabalho.

Além disso, no plano internacional, optou-se por um maior alinhamento à economia estadunidense, em vez do multilateralismo adotado no período anterior, segundo Fausto. Com isso, o Brasil vem enfrentando dificuldades, como nas negociações do Mercosul com a União Europeia. Também perdeu protagonismo em organismos internacionais como o G20, e enfraqueceu as relações com o bloco dos Brics.

 

FONTE: DIEESE

 

Desemprego passou de 15,1% para 13,7% entre março e junho

IMAGEM: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

 

A taxa de desemprego no país caiu para 13,7% no trimestre fechado em julho, uma redução de 1 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em abril (14,7%). Na comparação com o trimestre encerrado em julho de 2020, houve estabilidade (13,8%).

Apesar da diminuição na taxa, o país ainda soma 14,1 milhões de pessoas na fila em busca de um trabalho. O número representa queda de 4,6% em relação ao trimestre terminado em abril (14,8 milhões de pessoas), mas aumentou 7,3% ante o trimestre (mais 955 mil) ante o trimestre de 2020 (13,1 milhões de pessoas).

Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador usa trimestres móveis, que não correspondem necessariamente ao primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres do ano.

De acordo com o IBGE, a queda na taxa de desemprego foi influenciada, principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas (89 milhões), que avançou 3,6%, com mais 3,1 milhões no período. Com isso, o nível de ocupação subiu para 50,2%.

Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50%, o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país Adriana Beringuy, analista da pesquisa

Trabalho por conta própria e trabalho doméstico atingem recordes

O trabalho por conta própria atingiu o patamar recorde de 25,2 milhões de pessoas, um aumento de 4,7%, com mais 1,1 milhão de pessoas. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, o contingente avançou 3,8 milhões, alta de 17,6%.

Segundo Adriana, essa é a forma de inserção que mais vem crescendo nos últimos trimestres na Pnad, embora o trabalho com carteira assinada comece a ter resultados mais favoráveis.

Já o trabalho doméstico aumentou 7,7%, somando 5,3 milhões de pessoas. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve adicional de 739 mil pessoas.

Em um ano, a população ocupada cresceu 7 milhões. Adriana, no entanto, destaca que esse crescimento tem como base de comparação o mesmo trimestre de 2020, quando a ocupação ainda era bastante afetada pela pandemia do novo coronavírus. "Embora tenha havido um crescimento sucessivo ao longo dos trimestres, mostrando recuperação da ocupação, a população ocupada segue inferior ao período pré-pandemia em cerca de 5 milhões de pessoas", disse a analista.

Informalidade impulsiona aumento de ocupados

O trabalho informal, que inclui aqueles sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração, chegou a 36,3 milhões de pessoas e uma taxa de 40,8%.

No trimestre anterior, a taxa foi de 39,8%, com 34,2 milhões de pessoas. Há um ano esse contingente era menor, 30,7 milhões e uma taxa de 37,4%, o menor patamar da série.

Subocupados atingem novo recorde

Os trabalhadores subocupados por insuficiência de horas trabalhadas — aqueles que trabalham menos horas do que poderiam trabalhar — chegou a um número recorde de 7,7 milhões de pessoas, um aumento de 7,2%, com mais 520 mil pessoas. Em relação ao ano anterior, o indicador subiu 34%, quando havia no país 5,8 milhões de pessoas subocupadas.

Já o contingente de pessoas subutilizadas, aquelas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas ou na força de trabalho potencial, foi de 31,7 milhões, uma redução de 4,7% em relação ao trimestre anterior (33,3 milhões).

Os desalentados — pessoas que desistiram de procurar trabalho devido às condições do mercado — somam 5,4 milhões de pessoas e tiveram uma redução de 10% no trimestre fechado em julho, em relação ao trimestre encerrado em abril. Em relação ao mesmo período do ano passado, esse contingente teve uma redução de 7,3%, quando havia no país 5,8 milhões de pessoas desalentadas no Brasil.

Metodologia de pesquisa

A amostra da pesquisa por trimestre corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e no Distrito Federal.

Existem outros números sobre desemprego, apresentados pelo Ministério da Economia, com base no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Os dados são mais restritos porque consideram apenas os empregos com carteira assinada.

https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2021/09/30/desemprego-brasil-pnad-continua-ibge.htm?cmpid=copiaecola

FONTE: UOL ECONOMIA

A previsão é de que em 2021 sejam investidos R$ 66,8 milhões

IMAGEM: COPERGÁS/DIVULGAÇÃO

 

As importações de GNL do Brasil atingiram recorde este mês

O Brasil precisa tanto de gás natural que pediu ajuda da Argentina para garantir suprimentos do exterior do combustível.

O Brasil aumentou as importações de gás natural liquefeito para operar usinas em meio à crise hídrica que reduz a geração de energia hidrelétrica. As importações de GNL do Brasil atingiram recorde este mês, segundo dados de rastreamento de navios, o que também aperta ainda mais o mercado global de gás, cujos preços à vista subiram para novas máximas.

A Argentina anunciou uma licitação para a compra de GNL em busca de quatro carregamentos para o terminal Escobar, que serão regaseificados e entregues por gasoduto ao Brasil, segundo operadores com conhecimento do assunto. O gás vai abastecer a Usina de Uruguaiana, que foi fechada há mais de uma década e só opera por períodos intermitentes para aliviar a escassez de oferta, disseram operadores.

Os preços da energia sobem no mundo todo em meio à oferta limitada e rápido crescimento da demanda depois das restrições da pandemia. No Brasil, os baixos níveis dos reservatórios na bacia do Rio Paraná reduziram a geração de energia hidrelétrica e levou concessionárias a dependerem do gás, aumentando a necessidade de importação de carregamentos caros de GNL à vista.

A Argentina exporta gás natural produzido internamente para o Brasil, mas é raro o país importar GNL com o objetivo de entregar o combustível ao vizinho.

 

FONTE: BLOOMBERG

petrobras inicia venda de terminal de gnl da bahia

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

 

O movimento se deve após a assinatura do contrato de arrendamento do Terminal de GNL da Bahia com a empresa Excelerate Energy.

O prazo ainda não foi definido

A Petrobras anunciou nesta terça-feira, 28, que vai realocar o navio regaseificador para o Terminal de Regaseificação de GNL do Pecém.

O movimento se deve após a assinatura do contrato de arrendamento do Terminal de GNL da Bahia com a empresa Excelerate Energy. O prazo ainda não foi definido.

“Com a conclusão da negociação, a Excelerate está buscando, com o apoio da Petrobras, a transferência das licenças e autorizações necessárias para a operação de um novo navio regaseificador no TR-BA. Tão logo a nova empresa esteja apta a operar, a Petrobras deslocará o seu navio regaseificador que se encontra no TR-BA para o Terminal de Regaseificação de GNL de Pecém”, disse em fato relevante a Petrobras.

FONTE: FOCUS.JOR