IMAGEM: FS11/Shutterstock.com

Enquanto os EUA consideram uma nova onda de tarifas contra bens e serviços vinculados à China, Leigh Hansson, Sócia de Fiscalização Regulatória Global do escritório de advocacia Reed Smith, analisa a crescente incerteza regulatória enfrentada pelo setor de transporte marítimo global.

As propostas mais recentes do Representante Comercial dos EUA (USTR) levantaram preocupações de que embarcações financiadas por meio de acordos de arrendamento com a China possam estar sujeitas a taxas portuárias adicionais, mesmo quando a propriedade e o controle são comercialmente diversos.

Uma das questões jurídicas e operacionais mais urgentes que o setor enfrenta atualmente é o que se qualificará como "de propriedade chinesa" ou "controlado pela China" sob a nova estrutura. Embora a última minuta do USTR, publicada na semana passada, tenha suavizado algumas das disposições mais agressivas encontradas em versões anteriores, ela não eliminou o risco principal: que embarcações com vínculos de financiamento com a China possam ser incluídas no escopo tarifário.

Essa incerteza é particularmente grave para proprietários envolvidos em transações de venda e arrendamento com instituições financeiras chinesas. Por exemplo, um armador grego que arrenda uma embarcação de um arrendador chinês pode ter essa embarcação classificada como "controlada pela China" — mesmo que as operações comerciais e a gestão técnica sejam realizadas em outro local. Nesses casos, a exposição a novas tarifas ou taxas portuárias pode ter consequências comerciais significativas.

Essa ambiguidade está gerando uma onda de avaliações de risco em todo o setor. Na Reed Smith, estamos observando uma atividade intensificada, à medida que os clientes buscam mapear sua exposição com antecedência, em vez de esperar que as ações de fiscalização se materializem. Alguns estão até considerando reestruturar seus negócios para reduzir possíveis responsabilidades.

Paralelamente, observamos uma demanda crescente por proteções contratuais, termos de seguro ajustados e divulgações mais claras sobre a propriedade beneficiária e fontes de financiamento, para permitir flexibilidade caso as tarifas entrem em vigor. Em geral, os clientes buscam maneiras de proteger seus negócios contra surpresas regulatórias.

Por enquanto, a falta de uma definição legal definitiva de "propriedade chinesa" deixa o setor operando em uma zona cinzenta regulatória. Se as tarifas propostas forem introduzidas conforme o esperado, elas poderão forçar uma reavaliação das estruturas de financiamento de embarcações em todo o mundo — especialmente aquelas que envolvem instituições financeiras ou empresas de leasing chinesas.

Diante dessa incerteza, a melhor linha de ação para os armadores é a cautela. Até que os reguladores esclareçam os limites e gatilhos para a fiscalização, as partes interessadas devem presumir que qualquer envolvimento chinês relevante na propriedade ou estrutura de financiamento de uma embarcação pode se enquadrar no escopo. Manter-se à frente da curva regulatória, por meio de planejamento jurídico, financeiro e operacional, é essencial para mitigar a exposição neste ambiente em evolução.

FONTE: THE MARITIME EXECUTIVE

IMAGEM: GUELCOS

Ministério de Portos e Aeroportos informou que arrecadação líquida, de janeiro a março, somou R$ 1 bilhão, 52% acima dos R$ 699 milhões registrados nos três primeiros meses do ano passado

Os valores arrecadados no Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) totalizaram R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre deste ano. O montante ficou 50,6% acima dos R$ 786 milhões recolhidos no mesmo período de 2024. A arrecadação líquida nos três primeiros meses do ano totalizou R$ 1 bilhão, 52% superior aos R$ 699 milhões registrados no primeiro trimestre do ano passado. As informações constam no relatório trimestral do AFRMM consolidado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), publicado nesta semana.

Os valores líquidos incluem os itens relativos à emenda constitucional 135/2024, que desvincula 30% das receitas de contribuições sociais, impostos, taxas e multas da União até o final de 2032 (DRU), bem como a parcela que cabe ao Fundo da Marinha Mercante (FMM) referente aos fundos: Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT (3%); do Desenvolvimento do Ensino Profissional Marítimo – FDEPM (1,5%); e Naval – FN (10,40%). No primeiro trimestre, cada um desses itens (FMM, DRU, FNDCT, FDEPM e FN) teve variação positiva de aproximadamente 52% na comparação ano a ano, uma vez que são proporções fixas da arrecadação total.

A receita total do Fundo da Marinha Mercante (FMM) no 1º trimestre de 2025 foi de R$ 2 bilhões, 52% acima dos R$ 1,3 bilhão no mesmo período do ano passado. De janeiro a março de 2025, foram aplicados R$ 516,7 milhões de recursos do FMM, 85% a mais do que os R$ 279 milhões desembolsados no mesmo período de 2025. Do total no 1T25, R$ 395 milhões foram para financiamento de projetos de embarcações, alta de 159%, já que foram financiados R$ 152 milhões no mesmo período de 2024. Não houve repasses de valores pelos agentes financeiros para projetos de estaleiros no primeiro trimestre deste ano — rubrica que foi de R$ 15,4 milhões nos três primeiros meses do ano passado.

Também como em 2024, não houve nenhum ressarcimento às empresas brasileiras de navegação (EBNs) da parcela (Defom) que lhes cabe do AFRMM. Esses valores correspondem às parcelas que deixaram de ser recolhidas em razão dos casos de não incidência previstas nas leis 9.432/1997 e 10.893/2004. O mesmo aconteceu em relação ao financiamento a projetos de infraestrutura portuária e aquaviária — foram R$ 27,4 milhões no 1T24. Já o ressarcimento relativo à Receita Federal somou R$ 122 milhões nos três primeiros meses do ano, 45% acima dos R$ 84 milhões de janeiro a março de 2024.

FONTE: Portos e Navios – Danilo Oliveira

IMAGEM: HIDROVIAS DO BRASIL/DIVULGAÇÃO

Em meio a aumento de capital financiada pelo grupo Ultra e um fechamento de 2024 no vermelho, a companhia lucrou R$ 23 milhões de janeiro a março, com mais receita e menos problemas de navegação nos corredores Norte e Sul.

Depois de 2024 no vermelho e em meiom a uma movimentação do grupo Ultra em reorganizar a empresa, a HIdrovias do Brasil começou 2025 com outro clima, revertendo o prejuízo registrado no início do ano passado em um lucro de R$ 23 milhões no primeiro trimestre deste ano.

A empresa viu sua receita avançar 23% na comparação com o primeiro trimestre de 2024 e bater R$ 550 milhões entre janeiro e março deste ano. A companhia divulgou seus resultados na noite da última segunda-feira, 5 de maio.

Ao longo do trimestre, a empresa transportou 4,16 milhões de toneladas de produtos, sendo 1,8 milhão do Corredor Norte, que envolve os portos do chamado Arco Norte, e 1,08 milhão do Corredor Sul, que engolba a hidrovia Paraná-Paraguai.

O restante se dividiu entre navegação costeira e pelo Porto de Santos.

No Corredor Sul, a Hidrovias do Brasil comenta que os investimentos em dragagem e derrocagem ajudaram os resultados do trimestre, bem como um maior volume de chuva.

Mesmo sem computar no Balanço, a empresa anunciou a venda da operação de navegação de cabotagem para a Norsul, num negócio de R$ 715 milhões (sendo R$ 195 milhões referentes ao valor do patrimônio e R$ 521 milhões de saldo de dívidas).

FONTE: AGFEED   

IMAGEM: HiGestor

Em cenário político e institucional repleto de oportunidades e ameaças, marcado por significativas reconfigurações — tanto estruturais quanto conjunturais — torna-se necessária atuação permanente nos Poderes Legislativo e Executivo, a fim de manter o diálogo em defesa de agenda positiva para os trabalhadores, nas cidades e no campo.

Neuriberg Dias*

Com esse propósito, o DIAP e o Fórum das Centrais Sindicais apresentam a 4ª edição da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais no Congresso Nacional.

O ambiente político nacional é caracterizado por governo de frente ampla, que herdou cenário econômico e social desafiador. As reformas implementadas nos últimos anos continuam a impactar o presente, tornando essencial compreender esse legado para projetar a capacidade de avanço na agenda de direitos no atual Congresso Nacional.

Desde 2021, quando foi lançada a primeira edição da agenda legislativa, tem-se revelado a importância do trabalho articulado das centrais sindicais, com avanços obtidos na aprovação de propostas que beneficiaram os trabalhadores e a sociedade em geral.

Desde a primeira edição, foram priorizadas, respectivamente, 24 proposições em 2021, 36 em 2022 e 33 em 2024, que tramitaram no Congresso Nacional. Dentre essas, 10 matérias consideradas positivas foram aprovadas; 15, tidas, na maioria, como prejudiciais aos trabalhadores, foram rejeitadas ou arquivadas; e cerca de 22 seguem em tramitação.

Entre as proposições aprovadas, destacam-se o auxílio emergencial de R$ 600; a Lei da Igualdade Salarial — devolvida pelo Executivo e coube à Câmara a revisão das alterações realizadas pelo Senado, mas aprovada em definitivo no governo Lula; e o avanço da Reforma Tributária — PEC 45/19 —, promulgada em 2023, que garantiu a isenção da cesta básica e o mecanismo de cashback.

Além disso, houve a retomada de programas sociais, e as leis de retomada de valorização do salário mínimo e das aposentadorias, do reajuste da tabela do Imposto de Renda e dos servidores públicos, programas como desenrola, entre outras conquistas, instituídas por meio de lei.

Por outro lado, foram rejeitadas, por exemplo, as medidas provisórias 1.045 e 1.046, que pretendiam tornar permanentes medidas trabalhistas excepcionais adotadas durante a pandemia. Também houve recuos importantes, como na tramitação da PEC 32/20, da Reforma Administrativa — ainda em análise na Câmara dos Deputados —, e de diversos projetos que buscavam aprofundar as reformas Trabalhista e Sindical, incluindo propostas que dificultariam o financiamento sindical como o PL 1.663, que se encontra na Câmara e os PL 2.099 e 2.830, ambos em tramitação no Senado.

Em 2025, o contexto político passa por mudanças relevantes, a começar pela eleição de novos presidentes das casas legislativas: Hugo Motta (Republicanos-PB), na Câmara dos Deputados, e Davi Alcolumbre (União-AP), no Senado Federal.

Essa renovação representa sólida união em torno dessas novas lideranças e gera expectativas quanto à maior previsibilidade das pautas, funcionamento das comissões permanentes e à retomada das comissões mistas que examinam as medidas provisórias, que indicam nova postura institucional e maior participação social no processo legislativo.

O calendário parlamentar será influenciado pelas eleições gerais, que ocorrerão apenas em outubro de 2026. No entanto, até abril do próximo ano haverá a chamada “janela partidária”, com fusões e reconfigurações partidárias, o que afetará o ritmo e o conteúdo das pautas debatidas entre governo e oposição.

A interdependência entre os Poderes ganhou ainda mais relevância após o fim do teto de gastos e sua substituição pelo novo arcabouço fiscal, fator que exige consenso para o avanço de medidas econômicas e sociais. As eleições municipais indicaram o fortalecimento de forças de centro e centro-direita, consideradas estratégicas para o cenário das eleições presidenciais. Soma-se a isso a expectativa de reforma ministerial, que poderá apontar novos rumos para a condução política do governo Lula.

A Agenda Legislativa de 2025 baseia-se, então, em atuação permanente em defesa das prioridades, considerando esse contexto estrutural e conjuntural. Seu objetivo é organizar e facilitar o diálogo com o Congresso Nacional e com as bases parlamentares, promovendo articulações em torno de temas conjunturais e estratégicos.

Para a definição das proposições prioritárias, o DIAP adotou critérios como: probabilidade de tramitação em 2025; impacto social e trabalhista; origem governamental ou apoio de setores relevantes; necessidade regulatória ou previsão legal; decisões judiciais anteriores, entre outros critérios técnicos específicos.

Entre os temas prioritários da agenda destacam-se: isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil; redução da jornada de trabalho; garantia de direitos para trabalhadores de aplicativos; fortalecimento da negociação coletiva para trabalhadores e servidores públicos; e regulamentação da IA (inteligência artificial). Essas propostas refletem a preocupação com a justiça fiscal, a modernização das relações de trabalho e a atualização do marco normativo frente aos desafios da transformação digital.

A atuação estratégica no Congresso Nacional exigirá unidade do movimento sindical e sensibilidade em relação ao ambiente político e econômico. Mais do que nunca, será fundamental a capacidade de articulação e a clareza das prioridades de negociação. A Agenda Legislativa de 2025 representa esforço coordenado para assegurar avanços sociais em período politicamente desafiador.

(*) Jornalista, analista político e diretor de Documentação licenciado do Diap. Sócio-diretor da Contatos Assessoria Política

FONTE: DIAP

IMAGEM: E-COMMERCE BRASIL

A superestrada comercial mundial sente a pressão da dissociação entre EUA e China

Navios porta-contêineres estão começando a interromper as rotas de navegação que ligam os EUA e a China através do Pacífico, enquanto a guerra comercial do presidente Donald Trump perturba o setor e força a separação das duas maiores economias.

Entre os sinais de interrupção estão a queda das tarifas, a redução dos serviços e um manto de incerteza sobre o que, por décadas, tem sido uma das principais rodovias marítimas da economia global, transportando produtos manufaturados e commodities vitais.

O grupo alemão de transporte de contêineres Hapag-Lloyd AG cancelou 30% dos embarques da China para os EUA, de acordo com um porta-voz. Separadamente, a transportadora suíça Kuehne + Nagel International AG informou que algumas operações foram completamente interrompidas, enquanto esperava uma queda de 25% a 30% nas reservas da China para os EUA, disse o CEO Stefan Paul a investidores em uma teleconferência.

A guerra comercial global do governo Trump, que dominou os primeiros meses do presidente no cargo, resultou em suas medidas mais severas contra a China, com a imposição de taxas de importação americanas totalizando 145%, e medidas retaliatórias punitivas semelhantes por parte de Pequim. Embora tenha havido exceções para algumas mercadorias, a disputa abalou o setor de transporte marítimo.

Embora Trump e outras autoridades tenham mencionado as chances de um possível acordo com a China — e as negociações ocorrerão na Suíça ainda esta semana — qualquer resolução da disputa pode levar meses para ser concretizada. Enquanto isso, executivos na China estão se afastando do mercado americano.

Como resultado, as taxas estão despencando. O custo de envio de uma caixa de 12 metros de Xangai para Los Angeles — nós portuários em ambos os lados do Pacífico — atingiu o menor nível desde 2023 no final de março, de acordo com dados da Drewry Shipping Consultants, uma empresa de consultoria marítima. A contagem de tarifas em rotas globais também diminuiu.

"É uma rota comercial em uma rodovia global", disse Joe Kramek, CEO do World Shipping Council, cujos membros operam 90% da capacidade global de transporte marítimo. "Portanto, isso tem um efeito cascata em todo o caminho."

Os transportadores também estão enfrentando medidas americanas que vão além da enxurrada de impostos, o que adiciona uma camada adicional de complicações. Entre elas, estão o fim da isenção de impostos para pequenas remessas, bem como um plano potencialmente disruptivo de cobrar taxas pesadas sobre grandes navios chineses que atracam em portos americanos.

“Há incerteza sobre o que acontecerá com os fluxos de carga que entram e saem dos EUA”, disse Niels Rasmussen, analista-chefe de transporte marítimo do grupo comercial Bimco. Em contraste, não há incerteza política em outros mercados, então os armadores podem lidar com esses fluxos normalmente, disse ele.

Em outras partes do mercado de transporte marítimo, há crescentes dores de cabeça para os operadores de granéis sólidos que transportam produtos agrícolas, bem como para os armadores de navios-tanque, cujas frotas eram usadas para transportar exportações de energia dos EUA para a maior economia da Ásia.

Os fluxos de petróleo bruto do Golfo dos EUA para a China foram interrompidos em abril, após atingirem um pico acumulado no ano de quase 174.000 barris por dia em março, mostram dados da Kpler. Entre os navios, um petroleiro transportando propano dos EUA foi desviado da China no meio da viagem depois que Pequim impôs impostos punitivos sobre as importações americanas.

O redirecionamento de cargas de carvão e soja dos EUA da China para mercados mais próximos deverá reduzir as distâncias de navegação e, portanto, prejudicar a chamada demanda por toneladas-milha para o setor de granéis sólidos, de acordo com Roar Adland, chefe global de pesquisa da corretora de navios SSY.

“Os níveis atuais de tarifas americanas e as contratarifas chinesas efetivamente interromperam a maior parte do comércio bilateral de commodities a granel sólido”, disse Adland.

 FONTE: BLOOMBERG L.P.

 

A diretoria da CONTTMAF se reuniu com representantes do Sistema Petrobras, na terça-feira (29), na sede do Sindmar, no Centro do Rio, para discutir questões relacionadas a condições laborais, ao cumprimento da Convenção do Trabalho Marítimo (MLC) e a Normas nacionais mais benéficas para os trabalhadores a bordo dos navios afretados pela empresa.

Durante o encontro, gerentes ligados às áreas de afretamento, logística e transporte marítimo da Petrobras fizeram apresentações sobre as ações que estão desenvolvendo em decorrência das discussões no fórum, para intensificar a cobrança por boas práticas a bordo de navios.

Além disso, a Petrobras anunciou a previsão de inauguração de seu Centro de Monitoramento de Transporte Marítimo (CMT), que deve acontecer no mês de maio. De acordo com o gerente-geral de Transporte Marítimo da Petrobras, Joselito Câmara, o empreendimento vai contar com recursos de Inteligência Artificial.

Segundo ele, os navios poderão ser acompanhados em tempo real e o sistema vai incluir a emissão de alertas para situações atípicas, como por exemplo uma parada não prevista ou desvio de rota.

Para o presidente da CONTTMAF e do Sindimar, Carlos Muller, esta iniciativa vai ajudar a combater baixas condições laborais a bordo, principalmente em navios de outras bandeiras afretados, os quais são campeões de reclamações e de denuncias por parte dos marítimos brasileiros e de outras nacionalidades.

"O Fórum foi criado após um associado do Sindmar sofrer um acidente muito grave. Desejamos que a Petrobras exija, em seus contratos, condições efetivas de segurança e de trabalho amparadas por acordos coletivos com os Sindicatos para que acidentes como este não voltem a ocorrer", destacou Muller.

O impedimento de contratação de navios que não cumprem as orientações da ITF no que diz respeito a salários e a condições laborais a bordo em embarcações estrangeiras, especialmente naquelas que arvoram bandeiras de conveniência, foi outro ponto positivo anunciado pela Petrobras.

A CONTTMAF reiterou a necessidade de um novo Prominp para a modernização das instalações do CIAGA e do CIABA, para que os marítimos continuem tendo uma formação de excelência.

 

 

IMAGEM: DIAP

 

O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP) disponibiliza simulações que facilitam analisar os impactos de diferentes critérios de cálculo da distribuição de deputados federais entre os estados, a partir de propostas em debate na Câmara dos Deputados.

A bancada atual é composta por 513 deputados. No entanto, uma das propostas defendida pelo presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), sugere um aumento para 527 parlamentares. Outra simulação, com base na decisão do STF que mantém o mínimo de 8 e o máximo de 70 deputados por estado, mantém o total atual, porem com sete estados que impactos com aumento e diminuição de suas bancadas.

Outra simulação leva em consideração uma distribuição das cadeiras por Estado sem limites mínimos e máximos resultaria em uma composição de apenas 498 deputados dos 513 atuais que enfatiza uma baixa representação de Estados e regionais menos populosas nas decisões nacionais.

Também foi feito cálculos baseados no Censo 2022 indicam a elevação dos 513 atuais parlamentares para 530 cadeiras, enquanto a projeção com dados populacionais atualizados para 2024 aponta para 531 deputados.

Os principais Estados beneficiados por uma atualização populacional seriam Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Pará e Santa Catarina, que ganhariam assentos. Por outro lado, estados com população proporcionalmente menor manteriam ou perderiam vagas, caso os limites fossem flexibilizados.

Abaixo uma tabela completa com todos os exercícios feitos pelo Diap:

Bancadas de Deputados Federais por Estado Bancada atual Bancadas pela proposta Câmara Bancadas com decisão STF Bancada sem mínimo e máximo por Estado Bancada calculada pelo Censo 2022 Bancada calculada pela população atualizada (2024)
 Acre 8 8 8 2 8 8
 Alagoas 9 9 8 7 9 9
 Amapá 8 10 8 1 8 8
 Amazonas 8 8 10 9 11 11
 Bahia 39 39 37 35 37 39
 Ceará 22 23 23 22 23 23
 Distrito Federal 8 8 8 7 8 8
 Espírito Santo 10 10 10 9 11 11
 Goiás 17 18 18 17 19 19
 Maranhão 18 18 18 17 18 18
 Mato Grosso 8 9 9 9 10 10
 Mato Grosso do Sul 8 8 8 6 8 8
 Minas Gerais 53 54 54 51 53 53
 Pará 17 21 21 20 22 22
 Paraíba 12 12 10 10 12 12
 Paraná 30 30 30 28 30 30
 Pernambuco 25 25 24 22 25 24
 Piauí 10 10 8 8 10 10
 Rio de Janeiro 46 46 42 40 46 46
 Rio Grande do Norte 8 8 8 8 9 9
 Rio Grande do Sul 31 31 29 27 31 31
 Rondônia 8 8 8 3 8 8
 Roraima 8 8 8 1 8 8
 Santa Catarina 16 20 20 19 20 20
 São Paulo 70 70 70 112 70 70
 Sergipe 8 8 8 5 8 8
 Tocantins 8 8 8 3 8 8
Total 513 527 513 498* 530 531
Fonte: Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP)
 

* Com o mínimo de 8 e o máximo de 70 deputados por estado a bancada total chegaria a 513.

FONTE: DIAP

IMAGEM: ANTAQ

Segunda edição da pesquisa de participação feminina no setor aquaviário é divulgada

Participação total se manteve estável, com um acréscimo de 0,5 p.p., e mulheres ampliam presença em cargos de gerência

As mulheres representam 17,8% do total de empregos no setor portuário brasileiro, um aumento de 0,5 pontos percentuais em relação a 2022. Os dados são da 2ª Pesquisa sobre Equidade de Gênero no Setor Aquaviário de 2024, elaborada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).

O levantamento foi divulgado na manhã desta terça-feira (29), no evento “Women on board: Lideranças e Equidade no setor aquaviário”, realizado na sede do Grupo Tribuna, em Santos (SP). Segundo os dados, em relação a 2022, a proporção de mulheres aumentou nos cargos de gerência de 22,5% para 25%. Já nos cargos de direção, houve queda de 16,7% para 15%.

A iniciativa é fruto do Acordo de Cooperação firmado entre a ANTAQ e a Women’s International Shipping and Trading Association – WISTA Brazil, em 2022. Com atualização bienal, a pesquisa teve sua primeira edição em 2023 e, agora, em 2025, apresenta uma nova leitura sobre a presença das mulheres em um setor estratégico da economia brasileira.

A coleta e publicação dos resultados têm como objetivo aprofundar o conhecimento do setor aquaviário sobre seus trabalhadores. Além disso, a pesquisa poderá ser usada como referência pelas empresas do setor para aprimoramento de políticas voltadas para a equidade de gênero.

A diretora da ANTAQ Flávia Takafashi, que fez a abertura do evento e apresentou os dados, destacou as novidades da pesquisa. “Temos novos recortes, dando destaque à participação de mulheres nos conselhos das autoridades portuárias e nos conselhos de administração das empresas”. 

“Com a divulgação da pesquisa, estamos reforçando o acompanhamento da Agência sobre a participação de mulheres no setor. Atitude alinhada às políticas da Organização Marítima Internacional e com o relatório do Banco Mundial, que trata da necessidade do fortalecimento de alguns setores estratégicos para a economia, a necessidade de participação de mais pessoas gerando esse mercado e as mulheres entraram como forma de fortalecer esses segmentos”, explicou a diretora.

Além da diretora Flávia Takafashi, a divulgação contou com a presença da secretária executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, e da superintendente de ESG e Inovação da ANTAQ, Cristina Castro, que lidera as iniciativas da Agência voltadas ao fortalecimento da agenda ESG e à promoção da equidade de gênero no ambiente regulado.

Também estiveram presentes Ingrid Zanella, presidente da OAB-PE e uma das principais vozes femininas na advocacia especializada em direito marítimo; Sandra Comodaro, cofundadora do grupo Conselheiras, que atua para ampliar a presença de mulheres em conselhos de administração; e Eliana Ottaviano, referência nacional em direito marítimo e autora de obras fundamentais para a área, incluindo o recém-lançado tratado sobre o tema.

Participação feminina

Nesta edição da pesquisa, foram adicionadas informações sobre a participação feminina nos Conselhos de Administração das empresas e nos Conselhos de Autoridade Portuária (CAPs) nos portos brasileiros.  

Os Conselhos de Administração estão presentes em 47,8% das empresas que responderam à pesquisa de 2024, com participação feminina de 16,8%. Por sua vez, os CAPs, presentes em todos os portos públicos, são compostos por somente 8,4% de mulheres.

A pesquisa também diferenciou cargos operacionais, com 10% de participação feminina, e cargos administrativos, com 40%.

Outro dado levantado é em relação à participação por tipos de empresas do setor. As Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs) de cabotagem de contêineres têm o maior percentual de mulheres em cargos de direção (31,2%) e o segundo maior no agregado de todos os cargos (26,1%).

As autoridades portuárias, embora apresentem a maior presença feminina no total de cargos (26,3%), registram baixa participação em cargos de direção (12,5%). A navegação interior é o subsetor com menor representatividade feminina, tanto no total de cargos (10,1%) quanto nos cargos de direção (5,6%).

Tendência global

Os dados brasileiros não são muito diferentes dos números globais. De acordo com dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em 2024, as mulheres ocupavam 17,7% das vagas no setor portuário mundial. 

A participação feminina é significativamente menor nas funções operacionais e de movimentação de cargas. Os números destacam a necessidade de políticas estratégicas para melhorar a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de “Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas”.

Equidade na ANTAQ

O levantamento também trouxe um panorama da equidade de gênero dentro da ANTAQ. De acordo com os dados, dos 389 servidores da Agência, 26% são mulheres. Dentre as servidoras, 2% ocupam cargos de diretora/superintendente, contra 3,5% de homens. Nos cargos de gerência/assessoramento, a participação feminina aumenta para 37,6% frente a 36,5% dentre os homens.

Como forma de incentivar o avanço da presença feminina no mercado aquaviário e marítimo, a ANTAQ tem promovido ações como ofertar, desde 2008, o Curso de Gestão Portuária exclusivamente para mulheres, realizado anualmente em Le Havre, na França; e a criação da assistente virtual (Iara) que está programada para acolher e orientar vítimas de assédio.

A Agência também lançou, no início de 2024, o Guia de Enfrentamento ao Assédio no Setor Aquaviário, um manual de boas práticas para combater o assédio contra mulheres que trabalham nos portos e na navegação brasileira focado em impulsionar protocolos que fortaleçam o setor aquaviário bem como o crescimento do País.

Recrutamento e equidade

A pesquisa também investigou a adoção de políticas de equidade nos processos de recrutamento das empresas. Em 2024, 52,5% afirmaram adotar ao menos uma política de equidade de gênero – uma queda expressiva em relação aos 90,8% registrados em 2022.

Além disso, 37,3% das empresas afirmam assegurar a igualdade salarial, frente a 68,6% em 2022; e 34,5% adotam políticas de orientação sobre igualdade de gênero, em 2022 esse percentual era de 35,6%.

Terminais Autorizados são as empresas que mais adotam políticas de equidade de gênero (78,7%), seguidos pelos arrendatários (55%) e das empresas de cabotagem (53,8%). Por sua vez, as autoridades portuárias apresentaram o menor índice (22,2%).

O levantamento incluiu ainda perguntas abertas sobre políticas de combate ao assédio, promoção da diversidade e programas de inclusão social. Das respondentes, 76,9% das empresas afirmam adotar políticas de combate ao assédio e 54,1% aplicam medidas específicas para aumentar a diversidade.

FONTE: ANTAQ

IMAGEM: DATAMAR NEWS

Chegaram ao Sindmar denúncias preocupantes sobre uma possível substituição de empregados próprios do Grupo de Inspeção e Acompanhamento Operacional de Navios e Terminais da Transpetro (Giaont) por terceirizados – o que fere compromissos já firmados.

Para a representação sindical marítima, a imposição de medidas unilaterais, sem qualquer diálogo com o Sindmar, desrespeita não apenas os trabalhadores, mas compromete seriamente a segurança das operações e a integridade das estruturas sob responsabilidade da Transpetro, além de afrontar a boa-fé negocial que a empresa buscava demonstrar.

Cabe ressaltar que o Giaont foi criado após graves acidentes ambientais nas operações dos terminais da empresa, com o compromisso de que ela operasse com profissionais do seu quadro próprio de funcionários e que eles fossem marítimos qualificados para a função.

Estas condições foram estabelecidas em um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público.

Com o objetivo de obter mais informações, o Sindmar solicitou, a oficiais que atuam nos terminais da Transpetro e que integram o Giaont, o envio de relatos detalhados sobre o que vem ocorrendo em suas respectivas bases para que o Sindicato possa construir um diagnóstico completo da situação e estruturar ações em defesa de seus postos de trabalho.

As comunicações podem ser feitas diretamente ao Sindmar, com garantia de sigilo, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

*Foto: divulgação/Transpetro

IMAGEM: SPLASH247.COM/CMA CGM

 

A CMA CGM recebeu a chegada do primeiro porta-contêineres de bandeira indiana registrado por uma grande transportadora estrangeira.

Com capacidade total de 2.592 TEU, a CMA CGM Vitoria atende a Índia na rede BIGEX do grupo, que oferece conexões diretas entre a Índia, o Golfo e o Mar Vermelho, realizando escalas semanais de Nhava Sheva e Mundra.

O grupo registrará mais três navios na Índia nos próximos meses, após a recente visita de Narendra Modi à sede da CMA CGM em Marselha.

FONTE: SPLASH247.C0M

IMAGEM: DIAP

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Retorna a pauta do plenário da Câmara dos Deputados nesta semana o PL 1663/23, que revoga dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O projeto que já passou pelas comissões conta com emendas de plenário que tratam do financiamento sindical entre outros pontos abordados na legislação trabalhista. Há também uma série de destaques para votar partes do texto em separado que contam com divergência do parecer do relator, deputado Ossésio Silva (Republicanos-PE).

Outra proposição que consta na pauta do plenário é o PLP 177/2023, que altera a redação da Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993. De autoria da deputada Dani Cunha (UNIÃO-RJ), a matéria trata da composição da Câmara dos Deputados. O projeto tem como relator na Casa o deputado Damião Feliciano (UNIÃO-PB).

Manifestação

Com o objetivo de pressionar a Câmara dos Deputados a votar o projeto de lei que concede anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, aliados do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), convocam manifestação para quarta-feira (07) em Brasília. Os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negociam texto alternativo para diminuir as penas aplicas a participantes.  Uma das versões em negociação prevê aumento da punição para os acusados de organizar tentativas de golpe de Estado.

COMISSÕES PERMANENTES CÂMARA DOS DEPUTADOS

TRABALHO

Ministro do trabalho vai a comissão

Nesta quarta-feira (07) o ministro do Trabalho Luiz Marinho vai até o colegiado para apresentação do plano de trabalho para o ano de 2025 e debater de temas ligados à sua pasta.

Sistema Financeiro e seus impactos nas relações de trabalho

A Comissão de Trabalho realiza nesta segunda-feira (05), audiência pública para debater o Sistema Financeiro e seus impactos nas relações de trabalho. A reunião será realizada na ALERJ Rio de Janeiro de forma presencial e em Brasília, no plenário 12 do anexo II da Câmara dos Deputados de forma virtual e terá início as 15h.

Dia Nacional do Frentista

A Comissão realiza nesta semana audiência pública sobre a Instituição do Dia Nacional do Frentista. De autoria do deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), a reunião contará com lideranças sindicais da categoria.   

ESPECIAL

Isenção do IR

Nesta terça-feira (6) a Câmara dos Deputados agendou a instalação da Comissão Especial que vai debater a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil (PL 1087/25). A reunião será realizada no plenário 14 às 14h. De acordo com a proposta do governo e para compensar a isenção para quem ganha menos, deve ser taxado mais quem ganha acima de R$ 600 mil por ano. O deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA) será o presidente do colegiado e o deputado Arthur Lira (PP-AL), o relator.

CONTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Contratação de aprendizes para agricultura familiar

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara pode votar o PL 471/2019 que altera os artigos 429 e 430 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, a fim de dispor sobre a contratação de aprendizes pelos empreendimentos da agricultura familiar. De autoria do deputado Célio Moura (PT-TO) a matéria tem como relator o deputado Patrus Ananias (PT-MG) e seu parecer é pela constitucionalidade da matéria. O colegiado se reúne nesta terça-feira (06) as 14h30 no plenário 01 do anexo II da Casa.

SENADO FEDERAL

PLENÁRIO DO SENADO FEDERAL

Senado comemora o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora

Nesta sexta-feira (9), o plenário do Senado Federal será palco de uma sessão especial em homenagem ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. A iniciativa, proposta pelo senador Paulo Paim (PT-RS), reunirá lideranças sindicais e parlamentares para celebrar a data e reforçar a luta histórica por direitos trabalhistas.

No Brasil, o 1º de Maio é feriado nacional em reconhecimento à importância das trabalhadoras e dos trabalhadores, marcado pela greve operária nos Estados Unidos quando trabalhadores reivindicaram uma jornada de 8 horas por dia e melhores condições para exercerem suas funções em seus postos.  

A audiência tem início às 14h, no plenário do Senado Federal.

COMISSÕES PERMANENTES SENADO FEDERAL

ASSUNTOS SOCIAIS

Contribuição Assistencial

A Comissão de Assuntos Socias pode votar a Emenda de Plenário do PL 2830/2019 que modifica o art. 883-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para estabelecer que a decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT) depois de transcorrido o prazo de 15 (quinze) dias da citação do executado, se não houver garantia do juízo.

A proposta contou com parecer substitutivo do Senador Rogério Marinho (PL-RN) que modificou o conteúdo original do projeto abordando o tema da contribuição assistencial de forma a dificultar o financiamento das entidades sindicais. Foi apresentado recurso para analise da matéria em plenário e aberto prazo para emenda. O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou emendas que buscar regular a cobrança da taxa assistencial com direito de oposição, porém, o senador relator, Rogério Marinho apresenta parecer pela rejeição da emenda.

Transferência de empregado público

O colegiado pode apreciar também o PL 194/2022, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a transferência de empregado público cujo cônjuge ou companheiro tenha sido deslocado no interesse da administração pública. A proposta teve origem na Câmara dos Deputados e conta com parecer favorável do senador Fabiano Contarato (PT-ES).

Pejotização

O senador Paulo Paim (PT-RS) apresenta requerimento 27/25, com objetivo de debater "os impactos da pejotização no Brasil". Em seu requerimento o senador convida representantes dos STF, TST, MTE e dirigentes sindicais. A reunião está agenda para está quarta-feira (07), às 09h no anexo II, da ala Senador Alexandre Costa, no plenário 09.

DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Redução da Jornada de Trabalho

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa realiza um - Ciclo de debates do novo Estatuto do Trabalho, (SUG nº 12/2018): com foco na Redução da Jornada de Trabalho no Brasil. A reunião ocorre nesta segunda-feira (05) as 9h no anexo II, da ala Senador Nilo Coelho, no plenário 2 da Casa e contará com dirigentes sindicais entre outros convidados.

A reunião, de iniciativa do senador Paulo Paim (PT-RS), será interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania, na internet, em senado.leg.br/ecidadania ou pelo telefone da ouvidoria 0800 061 22 11.

EDUCACÃO

Plano Nacional de Educação

Dirigentes sindicais da área de educação debatem nesta terça-feira (06) o PL 2614/2024, que institui o novo Plano Nacional de Educação para o decênio 2024-2034. Entre os convidados estão Heleno Manoel Gomes Araújo Filho, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e Raquel Dias Araújo 1ª Vice-Presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES).

A audiência será no anexo II, da ala senador Alexandre Costa no plenário 15 do Senado Federal. A reunião também ocorrerá de forma interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania, na internet, em senado.leg.br/ecidadania ou pelo telefone da ouvidoria 0800 061 22 11.

ASSUNTOS ECONÔMICOS

Contribuição ao sistema S

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) pode votar nesta semana o PL 79/2020, que altera os Decretos-Leis nº 6.246, de 5 de fevereiro de 1944, nº 9.403, de 25 de junho de 1946, e nº 1.305, de 8 de janeiro de 1974, e as Leis nº 5.461, de 25 de junho de 1968, e n° 8.706, de 14 de setembro de 1993, para determinar que as contribuições de todos os trabalhadores em transporte e dos transportadores autônomos sejam recolhidas em favor do Serviços Social do Transporte (SEST) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT).

De autoria do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e conta com a relatoria do senador Laércio Oliveira (PP-SE) e seu parecer é pela aprovação da matéria. A proposta poderá ser apreciada na Comissão de Assuntos Socias em decisão terminativa, sem a necessidade de passar pelo plenário da Casa.

Exame toxicológico

Outra matéria em pauta é o PL 1075/2022, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para assegurar aos condutores o direito a ter o exame toxicológico obrigatório custeado pelo empregador. De autoria do senador Fabiano Contarato (PT-ES), a matéria conta com a relatoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) e seu parecer é favorável ao projeto. O colegiado se reúne nesta terça-feira (06) as 10h no plenário 19 do anexo II da Casa.

CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Reforma Tributária

A Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, realiza nesta terça-feira Destinada a instruir o Projeto de Lei Complementar n° 108, de 2024, que "institui o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS).

A audiência obedece a Plano de Trabalho apresentado pelo relator da matéria, senador Eduardo Braga (MDB-AM que foi aprovado pelo colegiado. Nesta reunião deverão ser abordadas às competências, estrutura organizacional, aspectos orçamentários e de controle externo do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CG-IBS).

A audiência ocorrerá de forma interativa, transmitida ao vivo e aberta à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania, na internet, em senado.leg.br/ecidadania ou pelo telefone da ouvidoria 0800 061 22 11, a partir das 14h. No senado, a reunião será no plenário 3 do anexo II, na ala senador Alexandre Costa.

FONTE: DIAP

IMAGEM: ALAN SANTOS/PR

Nova rota marítima direta entre China e Brasil fortalece comércio e impulsiona desenvolvimento no Norte e Nordeste

Chamado Canal Dourado, a conexão entre o Porto de Gaolan, na China, e os portos de Santana (AP) e Salvador (BA) vão reduzir tempo de transporte e baratear custos
 

A nova rota marítima direta entre a China e o Brasil começou a operar oficialmente nesta semana, estabelecendo uma conexão inédita entre o Porto de Gaolan, na cidade de Zhuhai, e os portos brasileiros de Santana (AP) e Salvador (BA). A iniciativa representa um avanço significativo nas relações comerciais entre os dois países, com impactos logísticos, econômicos e geopolíticos, especialmente para as regiões Norte e Nordeste do Brasil. Além disso, reforça a posição do país como parceiro estratégico da China.

Fruto de acordos bilaterais firmados entre os governos brasileiro e chinês, a nova rota simboliza um momento de cooperação econômica e tecnológica. A conexão direta entre o Brasil e a Ásia ampliará o acesso a mercados emergentes da América do Sul, fortalecendo o papel dos portos brasileiros na logística global. O novo corredor marítimo atende diretamente zonas estratégicas de produção agrícola e mineral, consolidando os portos de Santana e Salvador como hubs para o escoamento de produtos como soja, minério de ferro, carne bovina e celulose, além de facilitar a importação de insumos industriais e tecnológicos vindos da Ásia.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a nova rota não apenas amplia a presença dos portos brasileiros no cenário internacional, mas também contribui para uma logística mais eficiente, sustentável e integrada. “Queremos que essa integração se traduza em desenvolvimento para os estados do Norte e do Nordeste, seguindo a agenda sustentável e proporcionando ganhos sociais, econômicos e logísticos para todo o país”, destacou o ministro.

O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, reforçou que “a nova rota fortalece a logística verde brasileira ao reduzir as emissões, conectando o Brasil ao mundo com mais eficiência e responsabilidade ambiental”.

Impacto Logístico e Regional

Entre janeiro e março de 2025, a Bahia exportou aproximadamente US$ 1,2 bilhão para a China e importou US$ 800 milhões em produtos chineses. Com a nova linha direta, a expectativa é de aumento no fluxo comercial, geração de empregos e atração de investimentos em setores como energia renovável, logística e tecnologia.

Para Antonio Gobbo, diretor-presidente da Autoridade Portuária da Bahia (Codeba), a abertura dessa nova ligação direta estabelece uma rota comercial estratégica com o sul da China e Hong Kong. “Essa rota vai economizar tempo de viagem, reduzir os valores de frete praticados e complementar a rota regular Bahia-Ásia já existente, que atualmente opera com navios de 366 metros. Isso demonstra o empenho alinhado às diretrizes do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor)”, destacou Gobbo.

Avanços

O Porto de Salvador possui capacidade para receber navios de até 150 mil toneladas de porte bruto, operando com alta eficiência nas operações de carga e descarga. Já o Porto de Gaolan, na China, é o único de águas profundas na região e movimenta até 160 milhões de toneladas por ano.

Outro porto brasileiro beneficiado pela ampliação das rotas com a China é o Porto do Pecém, no Ceará. O terminal passou a integrar o Serviço Santana, operado pela MSC e APM Terminals, reduzindo o tempo de viagem da China para o Ceará para cerca de 30 dias. A expectativa é de que a movimentação aumente em até 10%, com destaque para o comércio de frutas, castanhas, granito e equipamentos industriais.


FONTE: Ministerio de Portos e Aeroportos